Uma análise realizada pelo Instituto-Geral de Perícias do estado (IGP-RS) apontou que o sangue encontrado em duas viaturas da Brigada Militar (BM) que estavam em uso na noite do desaparecimento de Gabriel Marques Cavalheiro não é do jovem, as informações são do Portal G1 RS.
Ele desapareceu em 12 de agosto e teve o corpo encontrado em um açude, no interior de São Gabriel, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, somente uma semana depois.
Uma moradora chamou a polícia quando ele tentava forçar o portão de sua casa. Segundo testemunhas, Gabriel foi algemado e agredido com golpes de cassetete na região do pescoço por um policial.
As três viaturas da BM que foram usadas pelos policiais na noite do desaparecimento passaram por perícia. Em duas delas, foi encontrado sangue humano. Porém, na averiguação feita pelo IGP, ficou constatado que ele não pertencia a Gabriel.
Ainda é aguardada uma perícia nos celulares de outros oito policiais de São Gabriel que estavam trabalhando na noite do crime. Os investigadores querem saber se eles participaram da ocultação do corpo.
Outra dúvida consta no inquérito policial militar. O GPS da viatura usada na abordagem mostra que o veículo ficou para próximo ao açude onde o corpo foi encontrado por cerca de 1min40. Este tempo, contudo, é considerado insuficiente para o transporte do corpo até o local.
Três policiais foram indiciados tanto na esfera militar como pela Polícia Civil.