Operação conjunta interdita clínica de tratamento para dependentes químicos em Sapiranga
Uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Promotoria de Justiça de Sapiranga, realizada nesta quinta-feira, 18 de agosto, em Araricá, interditou uma clínica de recuperação para dependentes químicos que operava em dois estabelecimentos contíguos.
Os trabalhos se iniciaram a partir de relatório da Assistência Social do Município dando conta de várias irregularidades. No local, foi constatado que os residentes viviam em condições não favoráveis, com pouca alimentação, suspeita de maus-tratos, a presença comum de pessoas em tratamento para recuperação, idosos e pessoas com necessidades especiais, além da superlotação com quase 100 pessoas, muito além do alvará emitido pelo Corpo de Bombeiros, que foi cassado.
Ambos os estabelecimentos foram interditados por completa ausência de condições para regular funcionamento. O Município de Araricá providenciou a remoção dos presentes. Para garantir o fechamento das clínicas e a segurança dos residentes foi ajuizada ação (5008376-51.2022.8.21.0132). Sobre os fatos, já está em tramitação inquérito policial que apura a prática de crimes, sendo que, durante a operação, foi cumprido mandado de busca e apreensão.
Participaram das diligências Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros de Sapiranga, Secretaria de Assistência Social e Vigilância Sanitária de Araricá. Os trabalhos do Ministério Público foram realizados pelos promotores de Justiça Bill Jerônimo Scherer, Karen Cristina Mallmann e Michael Schneider Flach, juntamente com Fabiana Aguiar de Oliveira (assistente social), Ângela da Silva Lupi Ferraz (enfermeira) e Elenir Gonçalves (oficial/técnica).
Informações MP RS.
Não foi bem assim. A polícia chegou e abriu as portas. Os internos fizeram uma rebelião e foram mandados embora. Tinha pacientes andando pela faixa. Fugiram, roubaram, quebraram. Todos os internos ficaram sem total assistência.