A Polícia Civil encontrou nesta quarta-feira (13), na casa de um suspeito de feminicídio ocorrido em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, um caderno com 24 páginas de anotações que revelariam a premeditação do crime. Heidi Juçara Priebe, de 63 anos, foi morta na última sexta-feira (8). O ex-companheiro dela, de 69, foi preso na tarde de segunda (11), as informações são do Portal G1.
De acordo com a delegada Raquel Schneider, responsável pela investigação, nos cadernos, o homem teria escrito a intenção de executar a ex-companheira e depois tirar a própria vida. Ele, inclusive, deixou orientações sobre como seria e quanto custaria o próprio velório e sobre como pagar dívidas que deixaria.
Nos textos, o atirador também revela que se sentia deprimido e que não tinha mais razões para viver. O material estava no rack da sala da casa do suspeito.
Relembre o caso
Homem atirou contra ex-companheira e fugiu mas foi preso em flagrante — Foto: Reprodução
Na última sexta-feira (8), por volta das 17h, na travessa Barbosa, um ponto bastante movimentado do Centro de Santa Cruz do Sul, o suspeito teria efetuado dois disparos de uma arma calibre 22 na cabeça e no braço de Heidi. Ela chegou a ser atendida, mas morreu por volta das 21h do mesmo dia.
O homem tentou se matar com um tiro no peito, mas teve apenas ferimentos leves e foi levado para atendimento no Hospital Santa Cruz, onde ficou internado até a tarde de segunda (11). Ele está preso preventivamente no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
Segundo informações da Polícia Civil, eles ficaram juntos por três anos e terminaram o relacionamento no fim de 2021. Desde então ele vinha perseguindo a mulher e, com ameaças, tentava retomar a relação.
No dia 4 deste mês, ela prestou queixa e pediu uma medida protetiva, que foi autorizada pela Justiça. O homem descumpriu a ordem e esperou a vítima sair do trabalho para executá-la.
Sem antecedentes policiais anteriores, ele não tinha posse da arma de fogo usada no crime. A Polícia Civil ouviu o homem na segunda-feira e, nesta quarta, deve escutar outras testemunhas e fazer diligências na sequência da investigação.