Polícia Civil de Guaporé prende mulher durante Operação Tríplice Fronteira

Agentes da Delegacia de Polícia Civil (DP), de Guaporé, coordenados pelo delegado Tiago Lopes de Albuquerque, prenderam na manhã da terça-feira, dia 24 de maio, uma mulher, de 35 anos, suspeita de envolvimento em duplo homicídio no começo do mês de maio de 2022. A ação, que cumpriu dois mandados de busca e apreensão (MBA) e um de prisão nos bairros Nossa senhora da Paz (Promorar) e Vila Verde II, é resultado de investigação desencadeou a Operação Tríplice Fronteira efetuada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas com apoio da Brigada Militar (BM).

A criminosa, presa em sua residência na rua Henrique Pretti, era companheira de Jair André de Quadro Figueira, de 40 anos, encontrado morto dentro do porta-malas de um automóvel Gol na Estrada Passo do Nazário na cidade de Cachoeirinha, região Metropolitana. Além do guaporense, foi encontrado sem vida Maximiliano Corrêa Rodrigues, 32 anos. A dupla foi amarrada e espancada com golpes na cabeça, provavelmente com um pedaço de madeira e enrolada em cobertores. Não havia sinais de disparo de arma de fogo, mas sim, de asfixia. No porta-malas também encontrava-se um jovem, de 25 anos. Ele foi socorrido em estado grave e encaminhado para uma unidade hospitalar onde encontra-se em coma. O trio possuía antecedentes criminais.

O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Canoas, Robertho Peternelli, destacou que as 13 ordens judiciais foram cumpridas, além de Guaporé, nas cidades de Canoas (condomínio no bairro Guajuviras), Porto Alegre e Charqueadas (PASC). No estabelecimento penal está recolhido um integrante da facção que é apontado como um dos líderes do grupo. Um aparelho de celular, que poderá auxiliar nas investigações e no envolvimento de cada um do bando no crime, foi apreendido.

Peternelli acredita que a mulher, presa pela DP de Guaporé, tem envolvimento no crime.
“Vamos apurar ao que essa mulher se dedicava e porque ela convenceu o Jair a tentar vir até Canoas. Até o primeiro momento, ela pode ter tido uma participação no desfecho trágico. Isso será melhor aprofundado com as oitivas e análises de aparelhos celulares”, disse.

Segundo o delegado, a investigação apontou que as três vítimas foram até Canoas porque estariam ingressando em uma nova facção. Eles receberiam a primeira missão que seria o transporte de drogas, mas, no meio do caminho, ocorreu uma desavença.

“Vamos averiguar o que motivou essa desavença. Queremos apurar qual o papel de cada um. Qual organização praticou o crime. Se eram rivais ou não. Isso tudo vai ser melhor esclarecido com o decorrer da investigação”, destacou Peternelli.

Os policiais ainda apreenderam no condomínio em Canoas, durante a operação, cerca de R$ 18 mil.

Informações Eduardo Cover Godinho da Rádio Aurora, foto Polícia Civil.

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