O Ministério da Saúde monitora nove casos suspeitos de hepatite aguda infantil no Brasil. As investigação seguem no Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.
Os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) monitoram junto a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (RENAVEH) qualquer alteração do perfil epidemiológico, bem como a detecção de casos suspeitos da doença.
A orientação da pasta, aos profissionais de saúde e da Rede Nacional de Vigilância e Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Sistema Único de Saúde (VigiAR-SUS), é de que qualquer suspeita seja notificada imediatamente.
Existem cinco cepas principais do vírus da hepatite, referidas como tipos A, B, C, D e E. Embora todas causem doenças do fígado, elas diferem de maneiras importantes, incluindo modos de transmissão, gravidade da doença, distribuição geográfica e prevenção métodos.
Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas que não apresentam sintomas ao longo dos anos. Geralmente, a doença já está em estágio mais avançado quando os sinais aparecem.
Os mais comuns são febre, fraqueza, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, olhos e pele amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas.
No Brasil, foram relatados três suspeitas no Paraná, quatro no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e uma no Espírito Santo.
Hepatite aguda infantil no mundo
No dia 15 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um alerta sobre casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida em crianças no Reino Unido.
Desde então, tem havido relatórios adicionais de casos contínuos por conta de notificações em outros países como Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Espanha e Estados Unidos da América.
A OMS disse na semana passada que recebeu relatos de pelo menos 228 casos prováveis de hepatite infantil ou inflamação do fígado em 20 países.
Ainda não se sabe ao certo o agente causador da doença em crianças. O adenovírus, que é uma hipótese possível, foi encontrado em pelo menos 74 casos e, do número de diagnosticados com informações sobre testes moleculares, 18 foram identificados como F tipo 41.
O SARS-CoV-2 – coronavírus – foi identificado em 20 pessoas testadas. Além disso, 19 foram detectados com uma coinfecção por SARS-CoV-2 e adenovírus.