Entre a noite deste domingo (15) e a madrugada de segunda-feira espectadores do Brasil inteiro poderão acompanhar o primeiro e único eclipse total da Lua em 2022.
Isso quer dizer que o Sol, a Terra e Lua se alinharão e a Lua passará na sombra da Terra. O fenômeno poderá ser visto também em toda a América do Sul e Central e partes da América do Norte, Europa e África.
Alessandra Abe Pacini, cientista do grupo de Física Espacial da Universidade do Colorado, explica que, ao longo da noite, veremos a Lua sumindo com a sombra da Terra passando na frente.
Quando o evento chegar em sua totalidade (perto da 1h11 da manhã, no horário de Brasília), e a sombra encobrir completamente o disco lunar, a Lua ficará avermelhada, isso porque não teremos a incidência direta da luz do Sol no nosso satélite natural.
Por isso, o evento também é conhecido como “Lua de Sangue”.
“É o mesmo fenômeno que torna o pôr do Sol vermelho. É como se a luz do Sol fosse filtrada pela nossa atmosfera e sobrasse esse vermelho que espalha a luz do Sol que incide sobre a Lua”, diz.
A luz azul do Sol se espalha e a luz vermelha, laranja e amarela (de comprimento de onda mais longo) atravassa, tornando nossa Lua vermelha. — Foto: NASA Goddard Space Flight Center/Scientific Visualization Studio
Segundo a Nasa, a agência espacial norte-americana, o nome técnico para isso é Dispersão de Rayleigh. A agência diz ainda que quanto mais poeira ou nuvens na atmosfera da Terra durante o eclipse, mais vermelha a Lua aparecerá.
“É como se todos os amanheceres e entardeceres do mundo fossem projetados na Lua”, explica a Nasa.
Como observar o eclipse?
Nenhum equipamento especial é necessário para observar o eclipse. A Lua de Sangue será visível ao olho nu. Contudo, o uso de binóculos ou de um telescópio pode melhorar a visão e a intensidade da cor vermelha, explica a Nasa. “Um ambiente escuro longe de luzes brilhantes contribui para as melhores condições de visualização”.