Mais quatro mortes por dengue são confirmadas no RS; 88% dos municípios estão infestados

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou mais quatro mortes por dengue no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (8). Desde o começo do ano, são cinco óbitos pela doença no Estado. Já são quase cinco mil casos registrados desde janeiro, número que já supera as ocorrências de 2021 no mesmo período, as informações são do Portal O Sul.

As últimas mortes confirmadas aconteceram com moradores de Cristal do Sul (mulher, 85 anos), Horizontina (mulher, 70 anos), Jaboticaba (mulher, 73 anos) e Igrejinha (homem, 79 anos). Os óbitos ocorreram entre os dias 19 de março e 3 de abril. Antes desses, já havia sido confirmada a morte de uma idosa de 76 anos residente de Chapada em 9 de março.

No ano passado, ao todo, o Rio Grande do Sul registrou 11 mortes pela doença. Contudo, considerando o mesmo período (primeiras 13 semanas do ano), foram três óbitos em 2021 contra os cinco que já tiveram resultado positivo em 2022. Nesse mesmo intervalo do ano passado, haviam sido confirmados 3,9 mil casos contraídos dentro do Estado (autóctones) enquanto esse ano já são 4.952 registros.

Infestação em 88% das cidades gaúchas

O Rio Grande do Sul possui neste momento 435 municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. É o maior número de cidades nessa situação na série histórica do monitoramento, realizado desde 2000.

O expressivo número de casos e a larga distribuição do inseto pelo Rio Grande do Sul levam a SES a reforçar junto a população as medidas de prevenção, que devem ser feitas  eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz. Essa proliferação acontece em maior volume nesta época do ano, que alia temperaturas altas com chuvas mais recorrentes.

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Capital

A força-tarefa para combater a dengue também está nas ruas de Porto Alegre. Todos os bairros da Capital estão sendo mapeados e visitados pelos agentes de saúde. Em 34 deles foi encontrada alta infestação do mosquito transmissor da doença.

O grande número de focos e de casos preocupa: são 608 diagnósticos de dengue até agora neste ano contra 83 em todo 2021.

“Orientamos as famílias, e eles acabam relaxando nos cuidados. É importante que eles se conscientizem. Nós já tivemos casos de pessoas internadas em hospital, não vamos vencer agora a batalha da Covid e perder para a dengue”, declara Fernando Ritter, diretor da Vigilância em Saúde.

“Temperatura, umidade, chuva no período certo, e o mosquito acaba se proliferando. Situação de pneu, calha, piscina, plantas, vasinho de planta”, explica Alex Lamas, coordenador da Vigilância Ambiental.

Saiba como eliminar o mosquito em casa

Os depósitos preferencias para os ovos são recipientes domiciliares com água parada ou até na parede destes, mesmo quando secos. Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d’água ou outros reservatórios mal tampados, entre outros.

Entre as medidas preventivas que em casa a pessoa pode fazer estão:

– Manter tampada a caixa d’água, assim como tonéis ou latões que estejam expostos à chuva

– Guardar pneus velhos sob abrigos

– Não acumular água em vasos de plantas ou nos pratos onde ficam (cobrir com areia)

– Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises

– Colocar embalagens de vidro, plástico ou lata em lixeira fechada

– Manter a piscina tratada o ano inteiro.

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