Empresário que matou família devia R$ 30 milhões; Investigação apura se vítimas foram sedadas

A Polícia Civil gaúcha já apurou que o empresário Otávio Júnior, que tirou a própria vida após matar a mulher, de 45 anos, o filho, de 14, a mãe, de 79, e a sogra, de 81, em um condomínio de luxo no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, devia R$ 30 milhões e havia entrado em depressão. As cinco pessoas foram encontradas mortas na manhã de quarta-feira.

O homem, de 44 anos, era proprietário de uma empresa de distribuição de alimentos em Canoas. Segundo as investigações, o empresário tinha uma reunião com o gerente do banco, pela manhã, mas não apareceu. A Polícia investiga o caso seguindo essa linha, mas apura outras eventuais motivações.

De acordo com o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, Otávio pode ter premeditado o crime, oferecendo sedativos aos familiares, que, dormindo, não reagiram. A Polícia depende de laudos da perícia para que isso se comprove.

De acordo com um tio do suspeito, o empresário confirmou que tinha dívidas mas parecia bem e seguia trabalhando com o objetivo de saldar a quantia. Funcionários da empresa de Otávio também estiveram no local e ficaram chocados com o ocorrido.

A polícia encontrou duas espingardas na casa e acredita que as armas eram do sogro de Otávio, que morreu no domingo passado após um câncer. Os corpos foram encontrados com tiros no rosto, exceto a sogra do empresário, também ferida em uma das mãos. O filho, de 14 anos, ficou caído ao lado do pai. Por isso, a investigação supõe que o adolescente tenha sido a última vítima.

O Instituto-Geral de Perícias recolheu antidepressivos no local do crime, um sobrado de três andares, na rua Dona Maria. A principal testemunha dos crimes, uma doméstica que escapou da chacina por estar em andar inferior, ainda deve prestar depoimento.

Vizinhos relataram à imprensa que Otávio Junior era um homem tranquilo. Por enquanto, a Polícia não encontrou indícios de violência doméstica e familiar.

As cinco pessoas encontradas mortas no condomínio onde moravam, na zona sul de Porto Alegre, foram sepultadas na manhã desta quinta-feira, dia 28, na capital.

O crime

De acordo com informações do tenente-coronel Eduardo Cunha Michel, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, vizinhos ouviram disparos de arma de fogo e entraram em contato com a Brigada Militar por volta das 8 horas. Dentro da casa os policiais encontraram os corpos.

O caso teve uma sobrevivente, que não teve a identidade divulgada. A mulher também morava na casa. Ela dormia no primeiro andar da residência, e as mortes ocorreram no segundo.

Depois de ouvir o barulho dos disparos, a mulher saiu do local e acionou a polícia. Segundo a investigação, ela não era alvo do homem e, por isso, não foi baleada.

Fonte: R7 e GZH

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