Com concessão de rodovias, viagem de caminhão de Veranópolis a Porto Alegre poderá custar até R$ 230
A concessão de rodovias no Rio Grande do Sul também foi assunto da última entrevista com o prefeito Waldemar De Carli na Studio. Ele afirmou que Veranópolis participou ativamente desse processo por meio das associações comerciais e Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne).
“A nossa posição era muito clara, que não éramos contrários a melhora das rodovias, concessões, mas um pouco descontentes com a modelagem adotada pelo Governo do Estado. Agora, percebemos que as nossas reivindicações e colocações estavam dentro de uma realidade, principalmente no que consta a tarifa, com valor muito elevado”, afirma.
Segundo o prefeito, nas outras concessões do estado sempre ocorreu uma diminuição da tarifa de 30 a 40%, o que não foi visto nessa última, em que praticamente foi mantida a tarifa original, que está desatualizada. “A tendência é que quando a empresa começar a atuar com as obras, em seguida peçam um reajuste tarifário, a fim de obedecer as obras que constam no edital. E com isso vai atrasar todo o processo”, explica.
Waldemar salienta que o Governo seguiu o seu planejamento e, por conta disso, existem movimentos de prefeitos e assembleia legislativa, devido a essa concessão. A tentativa é de interromper o processo a fim de estudar novas modelagens.
O ponto alto desta insatisfação é o preço das tarifas. Pensando em um automóvel que vai transitar de Veranópolis a Porto Alegre, o preço inicial será de R$ 35 a R$ 40. Pensando em caminhões, o valor poderá se tornar de R$ 170 a R$ 230, dependendo dos eixos.
“É um absurdo, tendo em vista a situação que hoje os caminhoneiros enfrentam, uma verdadeira insensibilidade. A nossa posição, da microrregião sempre foi clara nesse sentido. Em Veranópolis, nós vamos pagar esses preços e não vamos ter melhorias em nossos trechos. A melhoria vai começar do Vale dos Vinhedos em diante e de Nova Prata em diante. Então ficamos no meio desse processo todo, pagando o que os outros vão pagar e ainda não sendo totalmente beneficiados”, explica.
Assista a entrevista completa:
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