A guerra na Ucrânia fez o valor do barril do petróleo disparar e, em consequência disso, o preço da gasolina também foi afetado. A alta tem tirado o sono de muitos motoristas, mas o cenário está ruim no mundo inteiro, inclusive para os donos de postos de combustível. Uma prova desse desespero está nos Estados Unidos, mais precisamente em Waukesha, no estado de Wisconsin.
Um posto de bandeira Shell e outro da British Petroleum (BP) entraram com uma ação judicial contra um concorrente de uma rede de supermercados chamada Woodsman, alegando que a gasolina no local está sendo vendida “barata” demais. O processo se baseia na Lei de Vendas Injustas do estado de Wisconsin, que proíbe as empresas de venderem mercadorias abaixo do preço de custo.
Para combustível de veículos, ela afirma: “a definição de “custo” depende do “preço médio do terminal postado” ou do custo da fatura (o que for maior) mais um custo de marcação comercial.
O que torna o preço da gasolina mais barato?
Em sua defesa, o Woodman afirma que a baixa no preço se deve a uma isenção, que permite vender a gasolina por um valor mais acessível.
De acordo com o site Fortune, a Woodman se defendeu dizendo que “está autorizada a vender preços a essa taxa, devido a uma isenção da Lei de Vendas Injustas, exigindo que a empresa notifique o Departamento de Agricultura, Comércio e Defesa do Consumidor de Wisconsin sobre a queda de preço, o que lhes permite igualar os preços de um concorrente “.
O referido concorrente é o Cotsco, que está localizado a 10 km do Woodman. O WISN ABC 12 noticiou que, na última sexta-feira, o posto acusado tinha fila de carros esperando para abastecer, enquanto os postos da Shell e da BP estavam com movimento fraco.
A diferença no preço da gasolina entre os postos varia entre US$0,20 e US$ 0,26. Mas as estações querem uma indenização de US$ 80 mil por danos. Os advogados da Woodman afirmam que os preços estão em conformidade com as leis estaduais e que o processo é “sem mérito”.