O paciente do Hospital Casa de Saúde Saint Clair de Oliveira Padilha, 55 anos, protocolou no final da manhã desta quarta-feira uma reclamação formal sobre ele ter sido obrigado a trocar de camiseta para entrar em uma ambulância do município. O protocolo foi feito na Secretaria de Saúde de Santa Maria, após o paciente receber uma ligação do secretário de Saúde, Guilherme Ribas. O caso está sendo apurado pela prefeitura.
Em nota no final da tarde de terça-feira, a prefeitura informou que estava apurando o que havia acontecido e que tomaria medidas cabíveis, se necessário.
Ainda nesta quarta, a controladora geral do município, Carolina Lisowski, informou à CDN que já recebeu a documentação da Secretaria de Saúde e irá abrir um processo administrativo disciplinar (PAD). O servidor já foi identificado.
O processo tem 60 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por mais 60 dias. As penas, neste caso, podem ir desde uma advertência até a perda do cargo público.
O CASO
Conforme Padilha, ele foi internado no dia 13 de fevereiro, na Casa de Saúde. No dia 18, precisou fazer um exame em outro local. Na hora da transferência, ele afirma ter sido proibido pelo motorista de entrar em uma ambulância da prefeitura por estar vestindo uma camiseta do presidente Jair Bolsonaro.
“A minha ambulância é para carregar doentes, e não políticos vagabundos”, teria afirmado o motorista, que não teve o nome divulgado. Padilha teve de trocar de camiseta com o irmão, que estava junto, para poder ser levado para o exame.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) após o paciente receber alta e está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP). Vítima e motorista devem ser chamados para prestar depoimento nos próximos dias.
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