Embora frequentemente repita que não interfere na Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (10) que, “se resolvesse”, daria “murro na mesa” para obrigar a estatal a reduzir os preços dos combustíveis.
O governo federal é o principal acionista da Petrobras, empresa de economia mista cujas ações são negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior. Declarações anteriores do presidente sobre a estatal já provocaram baixa no preços de mercado dos títulos da empresa.
“O Brasil é autossuficiente em petróleo. Não precisava estar sofrendo como sofre hoje em dia se não fossem políticas erradas lá de trás”, disse Bolsonaro. “Alguns querem que eu vá lá na Petrobras dar um murro na mesa e resolva. Não é assim. Se resolvesse, até faria. Mas não vai resolver, vai piorar a situação. Estamos devagar — ou na velocidade do possível — buscando alternativas”, declarou na noite desta quinta durante transmissão ao vivo por redes sociais.
Bolsonaro costuma dizer que a Petrobras tem gestão independente e que o governo federal não pode interferir na política de preços da empresa — desde 2016, a estatal adota a Paridade de Preço de Importação (PPI), pela qual os preços dos combustíveis no Brasil seguem o praticado no mercado internacional.
Pela manhã, a Petrobras anunciou um aumento de 18,8% nos preços da gasolina e de 24,9% para o diesel, após 57 dias sem reajustes.
(Informações O Sul)