“Pode beber depois da vacina?” é a consulta mais feita pelos brasileiros no Google desde o início da imunização contra a Covid-19
No dia 17 de janeiro de 2021, o Brasil realizou a primeira aplicação da vacina contra a Covid-19. Desde então, surgiram diversas dúvidas sobre a vacinação. A mais frequente foi: “Pode beber depois da vacina?”.
É o que aponta um levantamento do Google sobre as buscas na internet mais realizadas desde o início da campanha de imunização no Brasil. O interesse na questão foi tão grande que a frase foi 36% mais pesquisada do que a segunda dúvida mais popular sobre o imunizante: “Qual a melhor vacina?”. Os dados foram obtidos pelo site G1.
O Google classificou cem frases mais pesquisadas em algumas categorias e identificou que 44 delas estavam relacionadas a aspectos práticos da vacinação, incluindo “onde tomar vacina?” ou “quando vou ser vacinado?”. Em seguida, as pessoas queriam saber as regras para se vacinar, com questões como “o que é comorbidade?” e “quem teve Covid pode tomar vacina?”.
A terceira categoria mais frequente inclui termos sobre o andamento da campanha no Brasil (“como está a vacinação no Brasil?”) e sobre as vacinas disponíveis (“quais são as vacinas da Covid?”).
O cadastro para receber o imunizante, que era necessário realizar em diversos municípios, reuniu 11 das cem perguntas mais pesquisadas e continha termos que pouco pareciam relacionados com a imunização, como “o que é logradouro?” – termo usado para pedir o endereço dos cidadãos.
Por fim, a quinta categoria com mais dúvidas estava relacionada com as possíveis reações à vacina, com nove perguntas entre as cem mais pesquisadas. As pessoas queriam saber “o que tomar para reação da vacina?” e “dor no braço vacina Pfizer, o que fazer?”.
Em 2021, as consultas por “comorbidade” cresceram 730% na comparação com 2020, enquanto as buscas por “puérperas” subiram 65%. Já as por “logradouro” cresceram 36%, e as por “imunossuprimidos”, 33%.
Bebidas alcoólicas
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, não existe restrição à ingestão de bebidas alcoólicas antes ou depois de tomar a vacina contra o coronavírus.
A entidade explicou que o consumo moderado de álcool não interfere na resposta gerada por nenhuma vacina e “não aumenta o risco de eventos adversos pós-vacinas”. No entanto, a sociedade alerta que a ingestão excessiva ou uso crônico e abusivo de álcool podem enfraquecer o organismo como um todo, incluindo o sistema imunológico, o que facilita infecções.
As empresas responsáveis pela produção das vacinas também dizem que não há relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e os imunizantes.