Explosão de meteoro iluminou o céu na região da cidade gaúcha de Bagé

Localizado em Taquara (Vale do Paranhana), o observatório astronômico Heller & Jung registrou a passagem de um meteoro no céu de Bagé (Região da Campanha) pouco antes da meia-noite. A rocha ingressou na atmosfera terrestre a quase 100 quilômetros do solo, percorrendo trajetória inclinada até se desintegrar a 76 quilômetros.

O fenômeno não durou mais que 2,3 segundos, mas gerou um clarão que pode ser visto a partir de diversas regiões próximas. Não houve registro de estrondo ou outros “efeitos colaterais”. Especialistas associaram o objeto espacial a uma “chuva” de meteoros recentemente identificada por astrônomos brasileiros.

“Como viajam a uma velocidade muito elevada no espaço, asteroides e meteoroides possuem uma energia cinética muito elevada”, explica a entidade em bramonmeteor.org. “Ao atingir a atmosfera, grande parte dessa energia é convertida em outras, incluindo o calor que vaporiza grande parte do objeto e a energia luminosa que o torna visível a distâncias enormes, em um processo denominado ‘ablação atmosférica’.”

Se o objeto atinge as camadas mais baixas e densas da atmosfera, a resistência do ar é tão grande que há uma explosão, gerando um brilho intenso e uma onda de choque, percebida como um forte ruído de explosão.

“Nesse momento, a rocha sideral se parte em centenas ou mesmo milhares de fragmentos, a maioria deles com poucos miligramas, sendo que alguns atingem o solo em velocidade constante de 300 quilômetros por hora”, acrescenta a Bramon.

Caso alguém encontre no solo objetos que possam ser meteoritos, a entidade sugere o envio de fotos, vídeos e outras informações para o e-mail bramonmeteor@gmail.com. A equipe de especialistas fará uma análise, mantendo sob sigilo os dados do remetente.

Ocorrência anterior na região

Um episódio semelhante foi registrado na madrugada de 23 de novembro de 2020, uma segunda-feira, quando a explosão de um meteoro de pequenas proporções causou um clarão no céu na fronteira com o Uruguai.

A rocha de origem espacial tinha aproximadamente 1 metro de diâmetro e se desintegrou na atmosfera sobre o município de Bagé (Região da Campanha), a 90 quilômetros do solo, em menos de 1 segundo.

Conforme a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) na época, foram diversas ocorrências desse tipo no ano passado. Como na noite de 1º de outubro: um bólido maior e mais pesado – 1,7 metro de diâmetro e 9 toneladas explodiu sobre Vacaria (Campos de Cima da Serra), causando não apenas o “flash” com estrondo, mas também a queda de pequenos meteoritos – nome dado aos fragmentos do material quando chegam ao solo.

Informações Portal O Sul.

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