No momento que escrevi a resenha, o Grêmio ainda estava vivo matematicamente, para ver o nível baixíssimo do campeonato. Foram 36 rodadas no Z-4, 19 derrotas. Toda cartilha sendo seguida dentro e fora de campo.
Algumas vitórias “épicas” foram apenas por puro ego afetado dos jogadores: Juventude na Arena (Denis Abrahão inflamou o vestiário); Flamengo no RJ (porque já colocavam “vareio” dos cariocas); São Paulo na Arena (matar ou morrer); percebe-se que foram vitórias ao acaso, com motivo externo, e logo em seguida já perdia ou voltava a atuar mal, porque o adversário não tinha peso ou o discurso do Denis não era mais novidade. E quando faltam três rodadas, resolvemos jogar o que não jogamos. Correr, dar carrinho, brigar. O que não vimos o campeonato todo…
Mesmo que não rebaixe, que fique como ensinamento. Não pode ser esquecido e nem virar a página. Tem que estudar o que foi feito, porque a Série B é muito dura, exige pessoas e jogadores que conheçam o torneio. A Série A com esse planejamento é rebaixamento certo em 2022. E o que mais preocupa é que a atual direção não sabe nada de crise, nunca passou por uma.
Quem sabe isso assustou e levou ao momento atual.
E tem algo MAIS grave ainda: caso caia, a segundona exige muito mais que a elite. Jogadores com perfil, treinador conhecedor do torneio, a direção atual não viveu isso. Como administrar? Quem vai administrar? Quem vem de jogadores? E o treinador?
Enfim, o ano de 2022 se mostra duro, sendo na A ou na B, porque não terá premiação da Copa Libertadores…e jogando a B, perde também a cota bem generosa. Seja qual for a situação, o próximo ano promete ser de muito mais paciência para a torcida, decisões quase 100% certeira da direção e muita pressão por algum título.
O torcedor não quer saber, ele exige sempre o primeiro lugar. Crise financeira não tem, ótima estrutura. No máximo terá redução da folha em 50%. Que Romildo e cia reflitam muito, porque 2022 não vai ser moleza.
Quanto ao jogo, o Grêmio foi surpreendentemente foi superior ao Corinthians no primeiro tempo. Mereceu a vitória, mas no segundo deixou eles chegarem. Era um contra-ataque e matava.
O Corinthians estava todo no ataque, mas os jogadores recuaram; Mancini tirou dois atacantes e colocou um volante e um lateral. Deram mole no final, de novo!
COMO JOGARAM:
Gabriel Grando – Foi bem, seguro – 6,0
Rafinha – Guerreiro, brigou – 6,0
Geromel – Seguro como sempre – 7,0
Kannemann – Jogando bixado, é monstro – 7,0
Diogo Barbosa – Apanhou do Willian, mas oferece mais que Cortez – 5,0
Thiago Santos – Bem mais ativo, ligado – 6,0
Lucas Silva – Pelo menos tentou chutar, rodar a bola – 6,0
Campaz – Não fugiu do jogo, tentou – 6,0
Jhonata Robert – Arrisca, vai pra cima, tenta – 5,0
Ferreira – O escape da velocidade, do algo diferente – 6,0
Diego Souza – Mesmo com 200kg, fez o dele e está brigando – 7,0
Sarará – Guri técnico, bom – 6,0
Villasanti – Entrou na bagunça, não sabe se marca ou joga de meia – 5,0
Borja – Brigando sozinho na frente, com time recuado – 5,0
Vanderson – Também entrou para ajudar na marcação apenas – 5,0
Ruan – Não fez diferença no jogo, entrada sem sentido, como um terceiro zagueiro – 5,0
Vagner Mancini – Segundo tempo covarde com as trocas – 3,0
RODRIGO DI LEONE