RS está entre os Estados com melhor desempenho no uso de conhecimento científico para enfrentamento da Covid-19

As ações implementadas pelo governo do Estado no enfrentamento da pandemia de Covid-19 resultaram na liderança do Rio Grande do Sul entre os Estados com melhores mecanismos para a elaboração de políticas públicas no combate à doença. Em uma escala de -6 a 10, o Rio Grande do Sul alcançou o valor máximo de 10. A média das unidades federativas mais o Distrito Federal (DF) ficou em 6,6. O ranking foi divulgado nesta quarta-feira (17/11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Paraíba, Santa Catarina e São Paulo dividem com o RS a posição.

“Antes mesmo de termos os primeiros casos de Covid-19 no Estado, já convocamos um grupo de cientistas, médicos e pesquisadores que nos auxiliaram e ainda auxiliam na elaboração de protocolos e de regramentos no combate à pandemia. Sempre trabalhamos ao lado da ciência, com respeito às orientações de médicos e pesquisadores. Nossos dois modelos de enfrentamento à pandemia, o modelo de Distanciamento Controlado e o Sistema 3As de Monitoramento, levam em consideração dados e estudos científicos, e permitem que o Estado aja no local, no momento e na proporção em que for necessário”, destacou o governador Eduardo Leite.

Foram avaliados os 69 comitês científicos criados pelos governadores, grupos de especialistas, comitês de crise, ou espaços equivalentes para o enfrentamento da pandemia em suas respectivas regiões. A partir daí, o instituto criou um indicador que mediu o quanto os Estados adotaram arranjos que favoreceram a incorporação de evidências científicas em políticas contra a pandemia. O índice considerou a tempestividade de cada Estado ao criar ou mobilizar um arranjo de enfrentamento à pandemia, a precisão e abrangência de suas funções, a participação de especialistas, a interdisciplinaridade, a transparência e a influência sobre a tomada de decisões. Além dessas seis variáveis, o indicador teve outras três, avaliando se os Estados recomendaram ou adotaram alguma política sem base em evidências científicas.

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Os arranjos institucionais foram mais eficientes em alguns pontos do que em outros. Em todos os Estados, a criação desses arranjos aconteceu de forma apropriada. E, na maior parte, contaram com a participação de especialistas e foram influentes na tomada de decisões. No RS, por exemplo, o estudo mostra que o governo instituiu o Centro de Operação de Emergência (COE) Covid-19, em 30 de janeiro de 2020, na sequência criou o Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento da Pandemia Covid-19, em março do mesmo ano, o Gabinete de Crise e Comitê de Dados para o Combate à Covid-19.

“É a demonstração da gestão pública de resultados baseados na ciência. O Rio Grande do Sul valoriza a participação das universidades, dos estudiosos, dos experts, dos médicos, e formou um comitê científico atuante e diversos grupos técnicos para fortalecer as ações. Além disso, ouviu a sociedade durante todo o período, buscando respaldar o gabinete de crise nas decisões, que envolveram desde o modelo do distanciamento controlado ao modelo 3As”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

A participação de profissionais da área de saúde e de outras disciplinas importantes para o enfrentamento da epidemia foi dominante no Estado. O Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento da Pandemia Covid-19 integrou 57 pessoas, todos profissionais da área da saúde ou de outras disciplinas úteis para o enfrentamento da pandemia, de acordo com a pesquisa do instituto.

A transparência quanto aos trabalhos do RS, divulgando atas de reuniões, deliberações e resultados das atividades, contou favoravelmente na pontuação. Também pesou para o bom posicionamento do Estado a divulgação de resultados produzidos por grupos de trabalho dedicados a políticas específicas, como políticas de distanciamento social e comunicação com a sociedade, entre outros.

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“O Rio Grande do Sul recebe esse reconhecimento porque constituiu grupos de especialistas de altíssimo nível de universidades, hospitais e diversas organizações especializadas. O Comitê Científico realizou cerca de 100 reuniões de trabalho ao longo da pandemia e fez diversas análises da literatura e resultados científicos para oferecer subsídios ao governo. De fato, o Estado ouviu especialistas para subsidiar suas medidas de enfrentamento à pandemia”, disse o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb.

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