Em meio ao feriadão de Finados os motoristas de Caxias do Sul tiveram mais uma surpresa desagradável ao abastecer o carro. Cerca de uma semana após o último reajuste anunciado pela Petrobras, o preço da gasolina subiu novamente nas bombas. E, desta vez, o valor rompeu a, até então, inédita barreira dos R$ 7, as informações são do Jornal O Pioneiro.
A reportagem do jornal circulou por 12 postos da cidade no fim da manhã desta terça-feira (2) e encontrou o litro a R$ 7,13 em três estabelecimentos, nos bairros São Ciro, Interlagos e São Leopoldo. Em uma revenda, no bairro Presidente Vargas, o litro da gasolina comum à vista custa R$ 7,09 e chega à R$ 7,39 no prazo. Se a opção for pela gasolina aditivada, o preço varia de R$ 7,29 a R$ 7,59 dependendo da forma de pagamento. Em outra revenda do bairro Exposição o litro da gasolina comum sai por R$ 7,11.
Um proprietário de um posto no bairro São Ciro, Nodimar Viezzer ainda conseguia manter o litro a R$ 6,95 à vista na terça-feira. Para esta quarta, era esperada uma nova carga de combustível e a expectativa é de que haja necessidade de aumentar o preço. A justificativa dessa vez não está em reajustes anunciados pela Petrobras e, sim, no cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelo governo do Estado. O valor base para a cobrança, o chamado preço de pauta, foi atualizado nesta segunda-feira (1º), passando de R$ 6,37 para R$ 6,62. É sobre esse valor que é aplicada a alíquota de 30% de ICMS no Estado.
O consumidor mais atento deve lembrar que, na última sexta-feira (29), o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) — que reúne os secretários estaduais da Fazenda — aprovou o congelamento dos preços de pauta em todas as unidades da federação por 90 dias. Por que, então, a base de cálculo subiu agora? A explicação é que a medida começou a valer justamente nesta segunda-feira. Portanto, o preço a ser congelado até janeiro são os R$ 6,62 que acabaram de entrar em vigor.
Ainda segundo o empresário, outro problema enfrentado pelos postos é a escassez de diesel no mercado, especialmente o S10. A oferta nas distribuidoras tem sido menor do que a tradicional, o que também ajuda a encarecer o produto.