Falar deste jogo, é voltar no tempo. Tempo em que eu e muitos gremistas ficamos sem poder voltar a nossa casa, sem ver um jogo nas cadeiras da Arena. Local que frequento desde o lançamento da pedra fundamental em 20/09/2012. Confesso que foi um momento único, de emoção poder voltar a um lugar que me trouxe muitas alegrias, muitas vitórias, títulos, rever amigos e, claro, ver mais um triunfo.
E lembrar de uma prima que havia feito um pedido para que num próximo Gre-Nal com público, eu a levasse ao jogo. Mas o mesmo motivo que fez com que tenhamos ficado 1 ano e 9 meses sem poder frequentar a casa Tricolor (a pandemia), fez com que ela agora acompanhe os jogos, junto a outros gremistas imortais, como Lara, Tarciso, Koff, Airton Pavilhão, e tantos outros…
O jogo marcava o retorno de Mancini à casamata, e ao chamado do novo vice de futebol, para a torcida e para o grupo de jogadores, tudo para tentar sair da zona constrangedora: a do rebaixamento, ou seja, a última cartada!
Sabemos que não basta somente atitude, é preciso vencer, vencer e vencer, a qualquer custo.
Diante desta convocação, vimos um Grêmio completamente diferente dos outros jogos, com vontade, ou como diz Dênis Abrahão: com a faca nos dentes!
Resultado disso é que na primeira etapa, o time já estava vencendo por 2 a 0. Obviamente que o adversário não é dos melhores, mas pouco importa. Enquanto que o primeiro tempo foi um jogo “tranquilo”, não se pode dizer o mesmo da etapa final, em que por um fio de cabelo, a vitória não escapou. Tudo devido a nossa zaga reserva em que a cada jogo, é um pavor!
Sabemos da deficiência técnica, mas os culpados são os dirigentes que não contratam jogadores ao nível da fortaleza Tricolor, Geromel e Kannemann. Esperamos que para os próximos jogos, nosso novo treinador consiga fazer com que eles compreendam a nova ideia do comandante, pois chegamos num momento que não são aceitas mais falhas, pelo afunilamento do campeonato, consequentemente, nossa posição na tabela não permite mais equívocos.
A vitória deste domingo (17), com o engajamento da equipe e torcida, fez com que tenhamos grandes esperanças em sair desta maldita zona da degola. Tudo o que queremos, tudo que desejamos neste momento, é que continuamos não com a faca nos dentes, mas com o facão.
Somente assim conseguiremos sair desta situação. Esqueçamos todos que colocaram o clube nesta situação. TODOS dentro do Grêmio são culpados, menos nós, a torcida!
Que esta esperança advinda com a vitória sobre o Juventude, sirva de estímulo a nós, para que possamos chegar em dezembro e dizermos: fizemos nossa parte, graças a nós, não permitimos mais uma queda, que seria a mais vexatória de todas!
COMO JOGARAM:
Brenno – Pouco trabalho, nenhuma culpa nos gols sofridos – 5,0
Vanderson – Sem comprometer a equipe – 5,5
Paulo Miranda – Maior surpresa na escalação, falhou clamorosamente nos gols – 1,0
Kannemann – Enquanto esteve em campo, foi bem – 6,0
Rafinha – Participativo, jogou até de lateral-direito – 5,0
Thiago Santos – Eficiente, melhora muito o jogo da equipe, brigador – 7,0
Villasanti – Melhor atuação no Grêmio, inclusive com gol, merecido! – 7,5
Douglas Costa – Uma das melhores partidas na volta ao clube – 7,5
Jean Pyerre – Não mostrou ser aquele jogador vadio que estávamos acostumados a ver – 6,0
Alisson – Muito participativo, inclusive, em dois dos gols – 8,0
Diego Souza – Bem acima do peso, mas ao menos fez gol – 6,5
Rodrigues – Bem meia boca – 4,0
Ferreira – Entrou bem, quase deixou o seu – 5,0
Lucas Silva – Continuou o trabalho do Thiago Santos – 4,0
Elias – Sem tempo de mostrar o que vem mostrando na base, onde é goleador – sem nota
Cortez – Sem muito o que esperar dele – sem nota
Vagner Mancini – Que ele consiga impor seu estilo de jogo, que tenha culhão em fazer as mudanças necessárias, para isso, respaldo ele tem – 7,0
JHON LOUIS WOMS