A Associação Brasileira de Proteína Animal, entidade que representa a avicultura e suinocultura no país, prevê consumo recorde de ovos em 2021. A proteína mais barata e substituta para as carnes está em forte ascensão há pelo menos uma década. Saiu de 148 unidades per capita anual para 251 unidades em 2020, patamar mais alto da história até o momento.
O Brasil superou a marca global de consumo de ovos que é de 230 unidades por ano e deve renovar o recorde na atual temporada com 255 unidades. Atualmente, o país produz 1.728 ovos por segundo. Em 2022 a expectativa é que uma nova marca histórica será alcançada.
O aumento do consumo é resultado de mudanças nas dietas e no cenário econômico que levou famílias a buscarem alternativas para as carnes, que registram alta ao redor do mundo. A pandemia, a ruptura na cadeia produtiva e problemas climáticos impactaram a formação de preços dos alimentos em diferentes países, e no Brasil não foi diferente.
Interessante observar que, ao mesmo tempo que o tradicional ovo ganha espaço na mesa, outras alternativas à base de plantas, para imitar a proteína, são anunciadas por empresas. Na última semana a Nestlé, maior companhia de alimentos do mundo, lançou a versão vegana para ovos que será introduzida em um pequeno número de lojas no mercado europeu. O substituto do ovo contém proteína de soja e ômega 3 e estará na forma líquida. No Brasil, a N.ovo, foodtech do grupo Mantiqueira, lançou há mais tempo a versão vegana do ovo à base de ervilha, soja e cúrcuma, vendido em pó. O ovo tradicional ganhará espaço e o ovo vegano também tende a crescer. Prova de que ambos os segmentos vão coexistir, cada um com seu público-alvo e com espaço para inovação e avanços na cadeia produtiva agro.
Com informações da Jovem Pan.