Bateu o desespero – Grêmio 2×2 Cuiabá (Campeonato Brasileiro – 24ª Rodada)

Algo que não se pode cobrar ou criticar é a falta de garra do time. A doação em campo, desgaste físico após jogo, briga pela bola. Tudo isso é louvável quando se está brigando contra o rebaixamento. É um dos fatores para tentar sair, mas quando tu não tem a parte física de alguns jogadores, outros tecnicamente duvidosos e a escalação que é uma salada de fruta a cada jogo, daí não adianta nada correr que nem maluco.

Fora as trocas por puro desespero. Não existe mais tática e organização!

Aconteceram mudanças na escalação e não fez nenhuma diferença, isso é reflexo da falta de organização. Até piorou, porque ficamos sem ataque com a lesão do Borja. Na zaga, temos um Kannemann guerreiro, mas limitado fisicamente. Ruan está sentindo a pressão de jogar sem parceria…e anotem; logo começam a aparecer lesões do nada no meio do jogo e jogadores poupados.

É muito stress e isso reflete na parte física!

A cada rodada que passa, pesa mais a bola, a perna treme mais, as decisões do que fazer com a pelota não são mais com a razão, mas apenas visando chegar no gol adversário a qualquer custo. Toca para quem está mais perto, “balão” para a área e num bate/rebate, chuta a gol. Virou várzea o futebol do Grêmio, um amontoado!

O adversário faz blitz no meio-campo e o time se atrapalha. Leva bola nas costas toda hora. Uma avenida até chegar na área. Bola aérea defensiva é obrigação o adversário fazer gol, senão é fiasco. Isso que virou o Tricolor!

E tem um fator muito importante, pouco falado: os adversários!

Imagens: Grêmio FBPA, divulgação

Só temos três atrás, mas o outros 16 estão fora do Z-4, com alguma qualidade e sem a pressão do rebaixamento nas costas. O Grêmio precisa começar atacando, indo para cima. O adversário já sabe o que fazer, não precisa correr atrás. Eles sentem o desespero do clube gaúcho e se aproveitam disso. Sport e Cuiabá, como exemplo, não fizeram jogos maravilhosos, apenas povoaram a meiuca e se organizaram minimamente.

Era um que achava a troca do Felipão errada nesse momento, por achar que um novo trabalho demora a engrenar e o Grêmio não tem tempo. Mas parece que vai ser isso com o Felipão, difícil ver algo a mais em campo do que garra e carrinho…caiu na rotina.

Mas também trocar a comissão técnica pode não dar em nada. Mas tudo é “SE”, ou seja, não sabemos mais nada!

Felipão sai e quem entrar tem que conhecer o grupo, colocar seu jeito de jogar e aí se vão mais algumas rodadas…se Felipão ficar, a projeção é fazer cada jogo uma final, mas sem nenhuma organização.

COMO JOGARAM:

Brenno – Não comprometeu, foi bem no que pôde – 6,0

Vanderson – Muita qualidade técnica, mas anda sem freio – 5,0

Ruan – Se perdeu sozinho na zaga, cada jogo um parceiro – 5,0

Kannemann – Símbolo da garra e superação física – 6,0

Rafinha – Experiência pra hora do desespero – 6,0

Lucas Silva – Pesado e lento para marcar, que é a função principal dele – 4,0

Thiago Santos – É cão de guarda, não caçador! – 4,0

Alisson – Foi o Alisson de quando chegou no clube – 8,0

Campaz – Muito verde ainda, mas tem qualidade – 5,0

Douglas Costa – Não está se escondendo, pelo menos. Mas está devendo ainda – 5,0

Diego Souza – Não dá mais! – 3,0

Churín – Meu deus do céu! – 3,0

Ferreira – Rebola demais na frente da bola – 3,0

Jean Pyerre – Chutou uma perto da trave – 5,0

Jhonata Robert – Entrou no finalzinho – sem nota

Felipão – Está perdido e sentiu a pressão – 3,0

RODRIGO DI LEONE

Sair da versão mobile