Nova Prata comemora 97 anos de emancipação política

Nesta quarta-feira, dia 11 de agosto, Nova Prata comemora 97 anos de história. O município, que possui 27.648 habitantes, segundo estimativa de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é conhecido como Capital Nacional do Basalto. Em seu território com cerca de 258,865km² há diversas riquezas naturais e uma população que avança diariamente.

A história do município

A região territorial de Nova Prata era habitada por tribos de índios “Coroados” que, só por volta de 1850, mantiveram o primeiro contato com os colonizadores descendentes de espanhóis. Silvério Antônio de Araújo, entrando em entendimento com os Coroados, traçou a estrada que deveria dar acesso a Porto Alegre. Ao ser informado do fato, o governo da Província do Rio Grande do Sul deu a Silvério Antônio de Araújo o direito de escolher terras, tornando-o proprietário de quase toda a área da atual sede de Nova Prata. Em 1865, os Coroados venderam as suas terras a Fidel Diogo Filho, que as adquiriu por meio da simples troca por objetos de pouco valor econômico.

Os Diogos tomaram conta das terras e iniciaram a construção de algumas casas. Tempo depois, os índios entraram em luta com os Diogos e os mataram, em seguida fugiram em direção ao Rio Carreiro afluente do Rio das Antas. Atualmente, os descendentes dos índios Coroados encontram-se nas reservas indígenas de Cacique Doble e Nonoai. Em homenagem aos primeiros habitantes destas plagas, um dos hotéis, existentes em Nova Prata é denominado “Hotel Coroados”.

Por volta de 1865, apareceram os primeiros colonizadores de origem portuguesa, isto é, Joaquim Ribeiro e Manuel Joaquim da Silva, que construíram suas casas e, com isso, formou-se um pequeno lugarejo, mas sem comércio. Logo em seguida, apareceram os Martins, os Moreiras e os Telles. Em 1876, uma comissão de engenheiros chegou ao local com a finalidade de traçar a estrada de Montenegro a Lagoa Vermelha, com isso teve início a imigração italiana, construindo-se a descendência, a maior população. A vida dos primeiros colonos foi árdua e difícil. Quase nada possuíam, além da grande força de vontade para o trabalho e o desejo de progredir aqui em nossa “Pátria”.

O milho foi o primeiro produto a ser cultivado, que após ser triturado por monjolos era transformado na gostosa e tradicional “polenta”. Os poloneses chegaram em Nova Prata, por volta de 1895, oriundos das escarpas do Vale do Rio das Antas e muitos deles vindos da Polônia, não para trabalhar na lavoura, mas para serem empregados como tecelões na fábrica de tecidos de lã aqui instalada. Todavia, devido à completa carência de meios de transporte e a distância grandes centros, a mesma não teve êxito. As máquinas foram vendidas para o Lanifício São Pedro, em Galópolis, distrito de Caxias do Sul. Os poloneses que aqui vieram como tecelões, adquiriam pequenas glebas de terra, na Linha Sexta, distante seis quilômetros da sede do município e transformaram-se em exímios agricultores e ótimos na extração do basalto.

No início, o atual município foi denominado “Capoeiras”. Esse nome é devido a um grande vendaval que no ano de 1850 arrasou os pinheirais existentes nas terras pertencentes à sede do município, reduzindo essa mata de araucária num verdadeiro capoeiral. A grande riqueza das terras pratenses era justamente seu enorme lençol de pinheiros que cobria uma vasta extensão de aproximadamente 500 quilômetros quadrados.

A ganância pela riqueza atraiu madeireiros da capital e do interior do Estado, que instalando inúmeras serrarias transformaram o pinho em madeira aproveitada nas construções e indústrias. Todavia, deve-se ressaltar que, o colonizador italiano também dizimou muita araucária, através do fogo, a fim de dar lugar às plantações de milho, trigo e parreira.

Na depressão ou vale, de forma circular, nasceria o povoado: hoje, a Capital Nacional do Basalto. Com o crescimento rápido de Capoeiras, sua população começou a esperar com intensidade a sua emancipação política que ocorreu em 11 de agosto de 1924, pelo Decreto nº 3.351, com nome de “Prata”. Esse nome foi dado devido à existência do rio que atravessa a cidade, isto é, o Rio da Prata. Como já havia um município denominado Prata em Minas Gerais, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística resolveu denominar o município gaúcho de “Nova Prata”. Em 24 de agosto de 1932, foram anexados a Nova Prata os distritos de: Paraí, Nova Araçá e Protásio Alves, desmembrados do município de Lagoa Vermelha, que estiveram politicamente separados, mas sempre unidos pelas suas origens étnicas, culturais e históricas. Em 1948, são criados os distritos de Guabiju e São Jorge desmembrados do distrito de Paraí. Mais tarde, em 11 de agosto de 1961, foi criado novo distrito, Rio Branco.

Era o grande “Prata”, na denominação da historiadora Zaira Galeazzi. A situação do Grande Prata, com seus 1.322 quilômetros quadrados não durou muito tempo. De 1964 a 1965, três de seus distritos conquistaram autonomia, formando novos municípios, Nova Bassano, Nova Araçá e Paraí, ficando reduzido seu território para 875 quilômetros quadrados. Em 20 de setembro de 1987, mais dois distritos foram às urnas e num plebiscito, São Jorge e Guabiju emanciparam-se. Em 10 de abril de 1988, mais dois distritos: Vista Alegre e Protásio Alves. Constituíram-se em municípios autônomos:

Em 14 de dezembro de 2006, o distrito de Rio Branco passa a ser bairro de Nova Prata, através da Lei Municipal nº 6205/2006.

Cronologia histórica por assessoria de imprensa de Nova Prata

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