O governo federal ampliou o debate sobre contratação direta de caminhoneiros autônomos como forma de atender as reivindicações da categoria. O setor defende reduzir ou eliminar os intermediários que ficam com até 40% do frete. Os trabalhadores apontam como fundamental a unificação de documentos para reduzir a burocracia.
O secretário nacional de transportes terrestres do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Vieira, destaca que a pauta está avançada. “Sabemos da importância da contratação direta para tirar os grilhões sobre a categoria, para permitir que a categoria, ao ser contratada direta dos embarcadores, possa ter acesso a um serviço melhor, a um valor de frete melhor sem onerar o custo do transporte. A gente sabe que boa parte do valor pago no Brasil não está na mão de quem produz os transportes”, afirmou Marcelo Vieira. Ele considera que a contratação direta vai garantir a sobrevida de caminhoneiros.
Já o assessor da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Alzir da Mota, diz que é urgente a redução da burocracia. “Da maneira como está regulado, o TAC [ transportador autônomo de cargas] pode contratar diretamente. O problema é que é inviável tanto operacional quanto economicamente. Não é que existe uma lei vedando a contratação, é que é inviável que um TAC seja contratado em grande escala pelos embarcadores”, disse.
O diretor-executivo da Associação Nacional dos Usuários do Setor, Luis Baldez, ressalta que os intermediários dificultam os negócios. “Temos uma empresa que faz, isso é outra coisa importante, cinco mil embarques por dia. É impossível pedir para fazermos isso. Então a gente precisa mitigar essa intermediação”, pontuou. Especialistas reiteram que a contratação direta também reduz a sonegação. Outra medida aprovada pelo Congresso Nacional é que autoriza o recebimento do frete por meio do Pix.
Com informações da Jovem Pan.