O Ministério da Saúde confirmou o terceiro caso da variante Delta do coronavírus. Trata-se de um homem, morador de Nova Bassano, na região de Caxias do Sul, que começou a apresentar sintomas em viagem ao Rio de Janeiro, em 24 de junho. Ele realizou o exame de RT-PCR de biologia molecular para diagnóstico da doença em 29 de junho e retornou ao Estado no mesmo dia.
O paciente e os familiares permaneceram em isolamento domiciliar e já foram liberados. Nenhum dos contactantes apresentou sintomas. O sequenciamento genético completo que comprovou se tratar da variante Delta foi realizado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Rio de Janeiro.
Os dois primeiros casos confirmados desta variante no Rio Grande do Sul foram de moradores de Gramado que possuem vínculo. Nenhum dos dois têm histórico de viagem para outro país ou Estado.
Além dos cinco casos suspeitos da variante Delta que estão aguardando confirmação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, – outro de Gramado, também contactante do primeiro caso confirmado, dois de Sapucaia do Sul, um de Esteio e um de Canoas, – o Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) deverá enviar na próxima segunda-feira (29/7) mais quatro amostras para análise – de moradores de Alvorada, Passo Fundo, Esteio e São José dos Ausentes.
O que já sabemos sobre a Delta
A linhagem Delta (B.1.617.2) teve seu primeiro registro na Índia. A característica mais marcante desta variação, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade. Essa linhagem também apresenta uma diminuição da eficácia dos anticorpos produzidos pelas vacinas, sendo que apenas uma dose (nos esquemas que preveem duas) pode ser pouco efetiva contra essa variação.
Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que a Delta provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.