O Exército Brasileiro, através da Seção de Comunicação Social da 3ª Região Militar, emitiu na tarde do sábado, dia 10 de julho, uma nota sobre a tragédia que vitimou dois militares e um colaborador da empresa Britagem Mig Britas, de Guaporé. No documento, uma breve explicação dos fatos.
“Nota à Imprensa
A respeito do incidente ocorrido no município de Guaporé, no Rio Grande do Sul, resultando no falecimento de dois militares e um civil, a 3ª Região Militar (3ª RM) esclarece que a atuação do Exército Brasileiro se deu depois de pedido de apoio à Operação Explosive, desencadeada pela Polícia Civil.
Investigações preliminares apontam que uma denúncia de posse irregular de Produtos Controlados pelo Exército levou duas equipes de fiscalização do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 3ª RM (SFPC/3ª RM ) até uma empresa de União da Serra, RS.
No local, a denúncia se confirmou e foram aprendidos 731 Kg de emulsão encartuchado, 338 metros de cordel detonante, 305 espoletas, 11 unidades do conjunto estopim e espoleta, 40 unidades de retardo e 336 metros de acionador pirotécnico na empresa. Como o material oferecia risco à população local, houve a necessidade de fazer a destruição imediata, conforme previsto no Decreto Nr 10.030/2019, Art 48, Parágrafo 3°. Os produtos foram conduzidos para uma pedreira em Guaporé-RS, próxima ao local da Operação, para que fossem realizados todos os procedimentos de desativação e destruição. O Blaster da empresa Mig Britas, com mais de 25 anos de experiência, ajudou à equipe. Ressalta-se que a pedreira não tinha qualquer envolvimento com o material apreendido, apenas cedeu o espaço para a eliminação dos produtos. Destaca-se ainda que todas as medidas de segurança foram adotadas, o material foi destruído e os militares do Exército já realizavam a limpeza final da área quando ocorreu a explosão, que resultou na morte do 1º Sargento Roberto Czremeta (3º Regimento de Cavalaria de Guarda), do 3º Sargento Diego Piedade de Souza (3º Batalhão de Comunicações) e do Sr Irineu Antonio Ghiggi (funcionário da Mig Britas). Outros cinco militares ficaram levemente feridos.
Um inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar as circunstâncias do fato. O prazo para conclusão é de 40 dias, podendo ser prorrogado. O Exército Brasileiro informa que está prestando todo apoio e assistência às famílias dos militares e do funcionário falecidos. Seção de Comunicação Social da 3ª Região Militar “