O setor de diálise do Hospital São João Batista, de Nova Prata, que abrange 15 municípios da região nordeste do Estado, chega ao limite de atendimentos. O administrador do HSJB, Marcos Santori, explica que são 17 máquinas, porém uma é exclusiva para atendimento de pacientes com hepatite B e uma fica reservada para eventuais problemas técnicos nas demais. Atualmente são atendidas 56 pessoas em dois turnos. Além da dificuldade representada pela quantidade de equipamentos, há a falta de recursos humanos o que provocou o envio de um comunicado à Secretaria Municipal de Saúde de Nova Prata.
– Comunicamos a situação à Secretaria de Saúde de Nova Prata que deverá repassar a informação aos demais municípios e à 5ª Coordenadoria Regional de Saúde com o objetivo de que seja viabilizado o atendimento a futuros pacientes que precisam de diálise – informa Santori.
O médico nefrologista e responsável pelo setor, Charles Wurzel, alerta que a Covid-19 fez o número de atendimentos aumentar.
– Vários pacientes com Covid-19 precisam de diálise quando estão internados à espera de vagas em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Também diminuíram o número de transplantes renais na pandemia, além da chegada de novos casos que não haviam procurado auxílio médico especializado desde março do ano passado. Nesta semana, iniciamos o atendimento a mais cinco pacientes com insuficiência renal crônica e isso significa que o tratamento será contínuo – explica o médico.
Uma das alternativas para atender à demanda de serviço de diálise é criar mais um turno. Porém, há carência de profissionais técnicos e recursos financeiros disponíveis.
A diálise é um processo artificial para remover os resíduos e excesso de líquidos do corpo. É necessária quando os rins não estão funcionando adequadamente.
Fotos: Silvana Toscan/HSJB | Texto: Sonia Reginato/DC