O clássico deste domingo (23), foi apenas mais um, entre dezenas nesses últimos anos em que (o Inter) não mostrou nada de novo. O Grêmio jogou mais, teve imposição, raça, brigou e saiu campeão no final. Entra ano e sai ano, entra treinador e sai treinador, a história se repete e a vítima é o torcedor colorado, único que sofre com toda essa bagunça enraizada.
Primeiro o jogo, depois a crítica.
O Inter entrou em campo sem Cuesta, poupado, e com Yuri Alberto na vaga de Marcos Guilherme. Porém, entrou lento – como sempre – e trocando passes inúteis na defesa. Muitas vezes nem isso conseguiu fazer, pois a marcação adversária pressionava a defesa incansavelmente. O time de Ramírez não chegou uma vez sequer ao gol gremista e ainda cedeu um contra-ataque aos 52 minutos de jogo, quando os acréscimos já haviam se esgotado, com Ferreirinha cortando para o meio e achando o canto do goleiro Marcelo Lomba, que aceitou, como de praxe. Antes disso, Yuri se desentendeu com Rafinha e ambos foram expulsos, deixando a situação colorada ainda mais complicada.
Nada de novo também no início da segunda etapa. O time de Tiago Nunes preferiu ceder a posse de bola ao Inter e buscar os contra-ataques em velocidade. E foi assim que Ferreira teve a chance de liquidar o jogo, porém, parou na defesa colorada. O Inter, se arrastando em campo e sem criar nenhuma chance, acabou achando um gol em bola aérea, colocando emoção no clássico. Mas não passou disso, o empate se confirmou e o Grêmio levou o Gauchão, mais uma vez.
Do lado colorado, foi uma chance de gol durante todo o jogo. Uma vergonha. Uma equipe que precisa reverter um resultado, não conseguir sequer um chute a gol em todo o primeiro tempo.
Acredito que Ramírez tem errado bastante, principalmente nas suas escolhas de peças. Depois de muitas críticas, enfim, tirou Marcos Guilherme do time. Mas não é o bastante. Precisa reformular, junto com a direção, a espinha dorsal.
Marcelo Lomba, Zé Gabriel, Moisés, Danilo Fernandes, Lindoso, Dourado, Edenilson, Galhardo, Guerrero, entre outros, já não têm mais ambição de jogar no Inter e devem ser negociados com urgência. A mudança começa aí.
Algumas reposições buscamos na base e outras no mercado. Depois se dá tempo ao treinador para colocar suas ideias no novo elenco e, aí sim, se nada der certo, trocamos de comandante.
Isso, no entanto, está longe de acontecer. E se nada de novo ocorrer, sabemos que o Inter não vai conquistar títulos este ano também, infelizmente.
Não se iludam colorados, não há nada de novo no front e nem haverá!
COMO JOGARAM:
Marcelo Lomba – O chamador de gol – 5,5
Rodinei – Ainda foi um dos melhores em campo – 6,0
Zé Gabriel – Já nem sei mais o que falar – 4,0
Lucas Ribeiro – Mal também – 5,0
Moisés – Está na cara dele que não sabe jogar bola – 4,5
Dourado – Fez o gol e só – 6,0
Edenilson – Sempre desaparece nas decisões – 4,0
Nonato – Começa a estudar pro ENEM, enquanto é tempo – 3,5
Palacios – O melhor em campo – 6,5
Yuri Alberto – Mais uma expulsão boba – 3,0
Thiago Galhardo – Se apaga em clássico também – 4,0
Caio Vidal – Um dos poucos que tentaram alguma coisa – 6,0
Guerrero – Fez nada, como sempre – 3,0
Praxedes – Não mudou muita coisa – 5,0
Léo Borges – Entrou no final – sem nota
Lucas Ramos – Entrou no final, mas tem talento – 5,5
Miguel Ángel Ramírez – Perdido, de novo – 4,0
DÊNIS OLIVEIRA