Segundo a Rádio Aurora de Guaporé, apenados que cumprem pena no Presídio Estadual de Guaporé iniciaram na manhã da segunda-feira, dia 3 de maio, uma paralisação com greve de fome.
De forma silenciosa e apenas comunicando os agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) sobre a medida, os detentos permanecem dentro das celas e recusaram-se a receber o café da manhã e as demais refeições que serão servidas ao longo do dia.
Sem nenhuma liderança específica nas galerias masculina e feminina, os apenados informaram que há dois pontos cruciais para a tomada da decisão. Eles reivindicam a aplicação de doses da vacina contra o coronavírus (Covid-19) e o retorno das visitas presenciais dentro da casa prisional. As visitas estão suspensas há cerca de um ano, em virtude das medidas para evitar a disseminação do vírus elaboradas em Norma Técnica pela Secretaria da Administração Penitenciária e Susepe. As famílias só podem entregar sacolas com alimentos, roupas e produtos de higiene pessoal para os agentes da Susepe que, posteriormente, repassam para os apenados.
A direção do estabelecimento penal, sob coordenação de Alex Pacheco, informa que o manifesto dos detentos está dentro da normalidade.
“Nos informaram apenas que permaneceriam nas celas e não iriam realizar as refeições. O protesto ocorre de forma pacífica e não há previsão de término”, disse.
O Presídio Estadual de Guaporé, que prossegue interditado conforme decisão do Poder Judiciário – Vara de Execuções Criminais Regional de Caxias do Sul, conta com uma população carcerária de 174 apenados, sendo deste total, 158 homens e 16 mulheres.
O movimento também tem adesão de outros apenados de prisões do estado e a greve de fome deverá perdurar até que o Estado se posicione sobre o assunto.
Informações Eduardo Cover Godinho da Rádio Aurora de Guaporé.