Segundo o Portal Agora no Vale, o Rio Grande do Sul está em alerta devido à presença das piranhas vermelhas, peixes carnívoros também chamados de palometas, que colocam em risco o ecossistema e a economia. Esses peixes são encontrados em grande número no Rio Jacuí, e já há um registro também no Rio Taquari, em Bom Retiro do Sul. O assunto chegou na Assembleia Legislativa e na secretaria do governo estadual, e estuda-se uma forma de combater o avanço desses peixes e ainda de buscar ajuda para os pescadores.
Os impactos, além da economia, atingem também o turismo e no próprio equilíbrio ambiental de espécies nativas do rio. Municípios como Rio Pardo, Venâncio Aires, Vale Verde, Santo Amaro, General Câmara e Cachoeira do Sul são os municípios mais afetados.
Como não são nativas da região, a suspeita é que as piranhas possam ter chegado até o Jacuí por meio de canais de irrigação e outros afluentes. O Ibama foi acionado pela Assembleia Legislativa para que seja traçada alguma estratégia. Uma das possibilidades é um abate em massa controlado ou a proibição da pesca do dourado, predador natural da palometa, como um fomento ao aumento dos cardumes deste peixe no rio, o que também deverá ser feito com cuidado para também não causar outro desequilíbrio ambiental.
Estimativas que chegaram ao conhecimento do governo estadual indicam que o aparecimento das piranhas vermelhas já causa perdas que chegam a 80%.
O que diz a secretaria estadual
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente estuda maneiras de evitar uma proliferação ainda maior. O diretor do Departamento de Biodiversidade da, Diego Melo Pereira, tem conversado com autoridades ambientais do Paraná que enfrentaram problemas semelhantes e pretende pedir ajuda a órgãos federais como o Ibama e ICMBio. Uma das alternativas é permitir a pesca de arrasto para tentar diminuir a presença dos peixes nos rios. Há o temor de que esses peixes cheguem também no Guaíba.
Ajuda para pescadores
Outra frente de ação busca ajuda financeira aos pescadores atingidos. O deputado federal Jerônimo Goergen (PP), que articulou o encontro com a Secretaria de Pesca, diz que teria de ser um auxílio especial, algo semelhante ao adotado quando dos episódios de manchas de óleo. Para isso, a associação de pescadores deve fazer um levantamento de quem foi atingido pelo problema.