O Estado recebeu, neste domingo (14/3), um lote de Propofol, medicamento do kit intubação que será distribuído a hospitais gaúchos. As caixas foram descarregadas e armazenadas em uma câmara fria do depósito de medicamentos do 3º Batalhão de Suprimento, em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre. O Exército, a pedido da Secretaria da Saúde (SES), está recebendo e separando o material para iniciar a distribuição aos hospitais na terça-feira (16/3).
Além do Propofol, chegaram ao Estado nos últimos dias dois outros medicamentos do kit intubação, o Atracúrio e a Epinefrina, esse último comprado pela SES. Os medicamentos do kit intubação são sedativos, relaxantes musculares e bloqueadores neuromusculares para a realização de intubação de pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19.
“Esses medicamentos que estão chegando, parte comprada pelo Estado e parte enviada pelo Ministério da Saúde, serão distribuídos para hospitais com estoque mais crítico, todos com UTI. Apesar de a responsabilidade de aquisição ser das instituições hospitalares, o Estado está presente buscando auxiliar para garantir o atendimento qualificado à população, cumprindo o seu papel nesse momento crítico e de aumento expressivo na demanda”, explica Lisiane Fagundes, diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada (DGAE) da SES.
Desde o início da pandemia, a SES trabalha para manter os hospitais abastecidos, já que a escassez de medicamentos para intubação e a alta demanda ocorre não apenas no Estado, mas no cenário nacional. O rateio realizado pelo ministério foi baseado em informações do acompanhamento semanal do DGAE que monitora a evolução dos estoques nos hospitais gaúchos.
“A partir dos dados disponibilizados pelos próprios hospitais, notamos que há uma grande variação do tempo de cobertura dos estoques desses medicamentos entre os hospitais no Estado”, afirma a chefe da Atenção Especializada da SES, Lieli Ceolin.
“Preencher, semanalmente, o link disponibilizado aos hospitais é importantíssimo para que tenhamos sempre o cenário mais fidedigno possível dos estoques e consumo”, reforça a diretora Lisiane Fagundes.
Para solucionar um possível desabastecimento, o governo do Estado trabalha em um diagnóstico detalhado dos motivos da falta do medicamento, contatando hospitais e os principais produtores de medicamentos no país.