Hoje, dia 10 de março, o RS completa um ano de enfrentamento a covid-19. Neste momento, o estado passa pelo pior período da pandemia, com superlotação nos hospitais e com taxa de ocupação de leitos de UTI em 105,6%. Em meio a essas diversas mazelas, estando entre as principais, a falta de vagas nas Unidades de Terapias Intensiva, a preocupação, agora, se expande: em retrospectiva dos dados, observa-se o aumento de ocupação em leitos clínicos.
Estes últimos, destinados à simples acomodação dos pacientes, estão com taxa de 82,2% de lotação no RS. Tanto no âmbito geral, como nas microrregiões, a principal preocupação é com a rapidez em que o aumento das internações está ocorrendo.
Em Caxias do Sul, passa de 69,7% as taxas de ocupação nesses leitos, o aumento, assim como em, todo o RS, é visível. Mais próximo de Veranópolis, o Hospital São Peregrino Lazziozi, o Hospital São João Batista (Nova Prata) e o Hospital Nossa Senhora de Lourdes (Nova Bassano) apresentam superlotação. Esse aumento influencia e impacta a realidade das pequenas cidades do estado, como a cidade veranense.
O HCSPL, por exemplo, que havia disponibilizado 13 leitos para casos covid-19, agora está com 30 pacientes internados pela doença (atualização manhã de quarta-feira, dia 10). Na emergência uma espécie de “UTI improvisada” precisou ser montada para manter os pacientes entubados enquanto aguardam leito de UTI. O Posto 1, que foi organizado para receber pacientes com a enfermidade, está cheio, por isso, foi necessário expandir as estruturas. Agora, o Posto 2 também está sendo usado exclusivamente para casos do vírus, estando quatro leitos já ocupados. Em uma semana, o aumento de ocupação foi de 143%.
A superlotação é latente e com isso o reflexo é observado no tratamento de outras doenças. Por conta da demanda por leitos clínicos decorrente da covid-19, outros blocos, usados para atender pacientes com demais enfermidades, precisam ser remanejados, cirurgias eletivas são canceladas e demais fatalidades ficam comprometidas no atendimento.
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