Segundo a Metsul Meterologia, múltiplos tornados foram registrados na região da Lagoa dos Patos nas últimas horas. Os tornados sobre a água (trombas d’água) foram observados em municípios como Tavares e Mostardas. Os fenômenos não causaram danos ou vítimas.
TEMPO | Tromba d’água (tornado sobre água) hoje na Lagoa dos Patos perto de Tavares. Vídeo enviado por @joaoebone. pic.twitter.com/gTaZm3sqNj
— MetSul.com (@metsul) February 15, 2021
Em uma situação bastante rara de se observar e mais comum de se ver nos Estados Unidos e em ondas de trombas d’água no Mar Mediterrâneo, chegaram a ser observados dois tornados simultâneos, um ao lado do outro, no interior do município de Mostardas. As imagens foram enviadas para a MetSul pelo autor Everton Luís Sparremberger.
Na mesma localidade, foram vistas múltiplas nuvens funis ao mesmo tempo, mas não é possível dizer que foram as responsáveis por gerar os tornados duplos observado.
EXCEPCIONAL
Ter tantas formações em um um dia e até duplas foge ao normal do que costuma se observar. “É possível que já tenha ocorrido antes, mas desde que a nossa equipe da MetSul começou a trabalhar com previsão do tempo na década de 80 jamais tínhamos visto tantas incidências no mesmo dia”, comentou a meteorologista Estael Sias.
Desde a semana passada, o Rio Grande do Sul vem registrando uma frequência muito alta de tornados, nuvens funis e trombas d’água. Não são fenômenos incomuns no verão, entretanto a frequência com que vem se observado nos últimos dias é rara de se ver.
Na última semana, tornados e trombas foram avistados no interior de Camaquã e na Lagoa dos Patos em São José do Norte.
Isso está diretamente associado ao padrão atmosférico que vem se observando na região com ar tropical quente, úmido e instável com áreas de baixa pressão. É o que explica nuvens funis e trombas d’água terem se formado também em outros estados do Sul do Brasil e São Paulo, no Uruguai, Paraguai e Argentina.
Um vórtice ciclônico em níveis médios da atmosfera atua desde a semana passada no Centro da Argentina, uma área de menor pressão atmosférica (cavado) alongada se estende do litoral paulista até a costa de Buenos Aires.
Não bastasse, a 600 quilômetros da costa gaúcha se originou hoje uma depressão subtropical que vai migrar para o Sul e se intensificar, atingindo o status de tempestade subtropical e receber o nome de Potira.