Após recurso do MP, réu é condenado a 24 anos de prisão por latrocínio e ocultação de cadáver de mototaxista no RS

Acolhendo recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul, a Justiça de Tupanciretã condenou José Felipe Oliveira da Silva a 24 anos de prisão pelo latrocínio e ocultação de cadáver (com agravante de dissimulação) do mototaxista Rodrigo Venancio, cometido em 31 de maio de 2019. A sentença foi proferida em 15 de janeiro, depois de o Ministério Público ter recorrido ao Tribunal de Justiça.

Em 29 de agosto de 2019, o promotor de Justiça de Tupanciretã, Guilherme Santos Rosa Lopes, denunciou Silva por latrocínio praticado mediante dissimulação, pois o autor fingiu-se de passageiro para execução dos crimes, agindo como se contratasse a vítima para uma corrida. No dia 10 de março de 2020, o juízo de primeiro grau entendeu pela desclassificação do crime de latrocínio e pronunciou o réu pelos crimes de homicídio simples, furto e ocultação de cadáver. O MP recorreu desta decisão, e a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça determinou em 27 de novembro o “retorno dos autos à origem para julgamento do réu nos exatos moldes denunciados”, o que culminou na sentença de latrocínio, conforme denunciado pelo MP.

ENTENDA O CASO

No dia do crime, entre 14h e 14h50min, José Felipe Oliveira da Silva abordou o mototaxista Rodrigo Venancio na localidade de Abacatu, próximo à RS-527, em Tupanciretã. Com a intenção de matá-lo, Silva pediu para que Venancio o levasse até um local próximo onde residiam seus tios, utilizando o argumento de que havia esquecido a carteira e precisava buscá-la. Após a vítima finalizar a corrida, Silva efetuou um disparo de arma de fogo contra a nuca de Venancio, o que ocasionou, posteriormente, sua morte.

Na sequência, o réu arrastou a vítima ainda com vida por cerca de 30 metros até um matagal, onde a cobriu com galhos. Depois disso, Silva roubou celular, mochila, um par de tênis e a motocicleta de Venancio. Com as placas adulteradas com fita isolante, a motocicleta foi encontrada pela polícia 49 dias depois do crime, em um matagal de Tupanciretã.

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Em depoimento, Silva confessou os crimes, porém disse suspeitar que Venancio mantinha um caso com sua namorada à época e que teria agido em legítima defesa após uma discussão, não possuindo o crime finalidade patrimonial. Entretanto, esta versão dos fatos não estava de acordo com a prova produzida nos autos do processo, conforme entendimento do Ministério Público, acolhido pelo Tribunal de Justiça.

Com informações do Ministério Público do RS.

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