Comerciantes de Capão da Canoa definem o veraneio como “um fracasso”
As fronteiras fechadas também impactaram o turismo dos argentinos que sempre é esperado em toda temporada de veraneio
Tem sido um desafio para o empresariado lidar com a pandemia. Foram altos e baixos com as diversas restrições do ano de 2020. Mais de 716 mil empresas fecharam suas portas, segundo o IBGE. No litoral norte gaúcho, os comerciantes estão sentindo os efeitos da pandemia na pele, considerando o veraneio de 2021 como o maior fracasso da história.
As praias estão ficando vazias de segunda a sábado. Tanto a orla, quanto os comércios, shoppings e restaurantes que seguem com baixíssimo movimento. Inclusive, com dias beirando zero vendas. “Antes a casa estava sempre lotada, e agora as pessoas de mais idade não estão vindo mais no restaurante. O movimento diminui praticamente em uns 60%”, disse o garçom Dilomar Ribeiro da Rosa.
As fronteiras fechadas também impactaram o turismo dos argentinos que sempre é esperado em toda temporada de veraneio. “Nosso restaurante aqui lida muito com argentinos e os uruguaios, a cada 10 mesas nessa época de meados de janeiro a fevereiro, quatro eram com argentinos e uruguaios. Então, o fechamento das fronteiras impediu com que eles viessem para cá consumir os nossos produtos”, comentou o gerente de restaurante, José Lucas de Souza.
Além dos restaurante e da praia vazia, os camelódromos também enfrentam um período difícil. No camelódromo de Capão da Canoa, a reclamação é geral. Os comerciantes dos estabelecimentos preferiram não dar entrevistas, mas todos falaram a mesma frase para nossa equipe “é a temporada do fracasso, estamos nos virando para sobreviver”.