No momento em que o Grêmio entrava em campo na noite desta segunda feira (30), uma marca histórica estava sendo escrita: Renato Gaúcho se tornou o treinador com mais partidas no comando da equipe. Incríveis 384 jogos, inúmeros títulos e a consagração de ser o maior jogador e o maior treinador do clube!
Renato é especialista no Grêmio, sua astúcia em entender o jogador e as suas vontades o fez recuperar grandes jogadores. Foi assim com Douglas, Diego Souza, Fernandinho, Cícero, e agora com Jean Pyerre. O novo camisa 10 gremista vivia boa fase quando se machucou, teve longa recuperação e na volta não foi mais o mesmo. Inseguro e instável, chegou a ser ventilada a sua negociação com o Palmeiras, mas Renato não arredou o pé e manteve Jean Pyerre. Depois de longas conversas a retomada gradativa veio, junto com a nova numeração da camisa, o meia tem se tornado um dos principais jogadores do time nos últimos jogos.
O duelo atrasado contra o Goiás, certamente seria determinante para que pudéssemos entrar na briga pelo título nacional. Para não errar, Renato foi a campo com o que tinha de melhor. Com o comando do novo camisa 10, o Tricolor jogou de forma leve e ofensiva.
Posso afirmar sem nenhuma dúvida, o Grêmio massacrou o time goiano, venceu por 2 a 1, mas poderia ter vencido por mais de três gols de diferença, sem nenhum exagero. O tricolor abriu o placar no início e manteve o ímpeto e ofensividade por toda a primeira etapa. As chances do Goiás foram poucas, mas algumas perigosas.
Nos últimos 45 minutos o adversário cresceu na partida, não o suficiente para vencer o Grêmio, mas o suficiente para assustar e deixar o torcedor apreensivo.
Mantendo a posse de bola e com troca de passes envolvente, o Tricolor chegou ao segundo gol com Maicon. Antes e depois do segundo gol, foram inúmeras as chances, muitas delas inacreditáveis.
O ditado de quem não faz, leva, veio à tona, e poucos minutos depois do gol de Maicon, o Goiás descontou. Mesmo assim, a equipe gremista era extremamente superior, teve chances de ampliar o placar, ao mesmo tempo que sofreu com alguns ataques adversários.
Passada a régua, o balanço foi positivo. Vitória magra, que poderia ser goleada. Os três pontos na tabela é que o vale, e quem sabe possamos sonhar com o título depois de 24 anos.
COMO JOGARAM:
Vanderlei – Foi seguro, como um bom goleiro deve ser – 7,0
Victor Ferraz – Foi bem nas jogadas de ataque – 7,0
Geromel – O dono da zaga. Foi discreto, mas cumpriu sua função – 7,0
Rodrigues – Não chega perto da dupla titular, mas é um zagueiro muito esforçado. Tem futuro – 7,0
Diogo Barbosa – Um bom lateral, mas pode contribuir mais – 6,0
Maicon – Seus passes de qualidade e seu gol, merecem aplausos – 8,0
Matheus Henrique – Cumpriu sua função de forma discreta – 7,0
Jean Pyerre – O jogador diferenciado. O dono da camisa 10 – 9,0
Luiz Fernando – Atuação importantíssima, de alto nível – 8,0
Ferreira – Fez boa partida, mas não finalizou bem nas chances que teve – 6,0
Diego Souza – O centroavante de ofício fez seu papel protocolar – 7,0
Pepê – Sempre veloz, gerou chances para ampliar o placar – 7,0
Orejuela – Seria o meu titular, jogou bem – 7,0
Churín – Teve duas chances muito claras, mas perdeu ambas – 6,0
Lucas Silva – Nitidamente, fora de ritmo – 6,0
Éverton – Pouco participou – 5,0
Renato Portaluppi – Bateu recorde no clube. Merece nossa reverência – 9,0
ROMEO M. TEDESCO