Amigos e familiares organizam para as 19h30min desta quarta-feira, 18 de novembro, uma marcha pedindo justiça e em memória de Arlindo Elias Pagnoncelli, 39 anos, que faleceu na tarde desta terça-feira após mais de uma semana hospitalizado devido a um espancamento ocorrido em via pública no centro de Nova Prata.
Segundo os organizadores, o ato se dará por volta das 19h30min com saída de fronte da agência do INSS e encerrará em frente a prefeitura da cidade, eles também pedem que os participantes levem uma vela ou utilizem a lanterna do celular.
O corpo foi encaminhado do hospital de Vacaria para o Departamento Médico Legal (DML) em Passo Fundo. A estimativa é de que chegue a Nova Prata por volta das 16h desta quarta-feira. O velório será no Salão São Pelegrino, em Nova Prata, e o enterro em Fazenda Pratinha.
A morte de Pagnoncelli é motivo de investigação na Polícia Civil, ele faleceu em um hospital de Vacaria, cerca de 10 dias após ser espancado na praça central de Nova Prata. Segundo o Jornal Pioneiro, cerca de 40 pessoas avançaram no homem conhecido por familiares e amigos como Zinho, por volta das 22h30min de 8 de novembro. Ele foi encaminhado para o hospital da cidade, mas acabou sendo transferido para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital vacariense por conta do estado de saúde agravado. Na noite das agressões, um domingo de tempo firme, muitas pessoas estavam reunidas no local.
Segundo a titutar da Delegacia de Polícia Civil em Nova Prata, delegada Liliane Pasternak Kramm, uma confusão se iniciou a partir do momento em que Pagnoncelli teria importunado duas mulheres. O relato feito à polícia por parte dos envolvidos é de que ele teria dito frases inadequadas. Não está clara a forma como ele teria agido.
Imagens de câmeras de segurança são analisadas pela Polícia Civil e cerca de 40 pessoas foram chamadas para prestar depoimento. Nas imagens, não há confirmação sobre a possível conduta inapropriada da vítima.
—É uma clara tentativa de homicídio porque bater em alguém que está desacordado não mostra dolo ou intenção de lesão e sim de contribuição para um falecimento — afirma a delegada.
Conforme Liliane, havia conhecidos da vítima entre os integrantes do grupo agressor. Segundo a delegada, imagens mostram uma pessoa quebrando uma garrafa. Além disso, um homem aparece com uma arma na mão, mas ainda não há confirmação sobre a relação com o fato.
— Alguns até mesmo acompanhavam a vítima e, depois, participaram injustificadamente desta agressão. Já temos a certeza de que várias pessoas que o agrediram faziam parte do grupo de amigos — cita.
A polícia também apura uso de bebida alcoólica e entorpecentes por parte dos envolvidos.