Na manhã desta terça-feira, 01 de setembro, o governador do RS, Eduardo Leite, apresentou o novo cronograma de retorno às aulas presenciais para os prefeitos do estado, em reunião que começou às 9h. Nela esteve presente a Famurs (entidade que representa os municípios gaúchos), Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Sobre isso, o governador falou em transmissão ao vivo nos canais oficiais do estado.
Ao apresentar o calendário, Leite afirmou que a ideia é retomar os encontros presenciais em setembro, de forma escalonada, concluindo o processo em novembro. As etapas começariam pela Educação Infantil em 8 de setembro, passando pelo Ensino Médio e Ensino Superior, em 21 de setembro, e o Ensino Fundamental, entre 28 de outubro (anos finais) e 12 de novembro (anos iniciais). Cada município, entretanto, possui autonomia para decidir retornar ou não e a possibilidade de volta é apenas para regiões com bandeira amarela ou laranja há pelo menos duas semanas.
Um protocolo foi organizado e todos os locais que buscarão retornar deverão segui-lo.
Governador frisou, também, que o passo que está sendo dado é no sentido de permitir que a retomada possa ocorrer, entretanto, caberá aos prefeitos decidir se o seu município possui condições para a volta. Isso significa que a implementação desse retorno não busca obrigar, mas sim, deixar de restringir, isto porque, no decreto estadual, no momento, há a proibição de aulas presenciais.
– não é retorno a qualquer custo […] e sem organização – completou Leite, justificando o calendário.
A cada liberação que for feita, da forma escalonada planejada, será observado se há a possibilidade de seguir com a liberação dos outros grupos que estão na ordem definida. Ao falar sobre isso, Leite reforça a ideia de que essa não é uma decisão definitiva e que novas observações poderão ser feitas sobre as datas. O governador repete diversas vezes que o retorno apenas ocorrerá se houver segurança.
O modelo que será estabelecido será, também, híbrido, com turmas divididas em grupos, o ensino remoto deverá seguir acontecendo e uma etiqueta de higiene será organizada.
Em relação ao motivo para que o retorno começasse pela educação infantil, atesta que perpassa por três questões centrais. O primeiro quesito é o fato de que escolas particulares de educação infantil, pela idade das crianças, não conseguem desenvolver aulas remotas, sendo assim, os pais acabam por tirar seus filhos, situação que acaba “quebrando” essas instituições, junto a isso, segundo a sua análise, as escolas públicas ficariam superlotadas, não aguentando a carga de alunos que migrariam. A segunda colocação diz respeito a possibilidade que busca ser dada aos pais que não tem onde deixar seus filhos por necessitarem se locomover ao trabalho. Muitas vezes, as crianças acabam por ser deixadas com vizinhos, locais sem regulamentação e sem seguir protocolos adequados. Assim sendo, a busca seria por um local seguro para os adultos deixarem os jovens. Além disso, preocupa-se com o fato de as crianças, em momento singulares de aprendizado, fiquem prejudicadas no ensino e no seu desenvolvimento.