O modelo de distanciamento controlado do RS, que busca equilibrar economia e saúde em meio a pandemia, gera diversas discussões e debates desde a sua formulação. Desde que foi criado, diversas foram as modificações que o modelo sofreu, exatamente pelo diálogo promovido entre governo estadual e municípios, sendo os últimos constantes reivindicadores de aprimoramentos. Um dos frutos dessa busca por mudanças foi o plano de cogestão, que gera maior autonomia aos prefeitos e é sobre isso que o Presidente da Amesne, associação dos municípios da Serra, José Carlos Breda, falou em entrevista à Studio.
Na última semana, esse modelo com maior autonomia foi oficializado pelo governador e regiões que foram classificadas na bandeira vermelha puderam adotar medidas mais flexíveis que a delimitação de risco alto. A região da Serra, porém, manteve-se na bandeira laranja, contanto, se tivesse sido classificada na vermelha, não teria condições para adotar medidas mais brandas, pois, não tinha conseguido organizar os protocolos e medidas exigidas pelo governo estadual.
De forma diferente, nesta semana, caso a Macro região vá para a vermelha, a cogestão já será encaminhada ainda neste final de semana (22, 23), o que demonstra que a Serra conseguiu organizar seus protocolos.
Em reunião, os prefeitos da região afirmaram que no plano, não irão aplicar medidas iguais a bandeira laranja, caso precisem usar o plano em uma classificação na bandeira vermelha, mas sim, delimitações um pouco mais rígidas, para manter-se num ponto intermediário entre as duas bandeiras.
Nas próximas horas haverá a divulgação das bandeiras pelo governo estadual. Breda coloca-se otimista acreditando que a localidade possui uma grande chance de permanecer no risco médio, entretanto, afirma que, caso a região seja classificada como bandeira vermelha a Amesne encaminhará recurso e, concomitantemente, o plano de cogestão, para garantir que a região possa adotar medidas mais brandas na próxima semana.