Tratamento precoce para o COVID-19: entenda o que é e como pode ser aplicado para pacientes da Serra Gaúcha

Nesta terça-feira (07), o Prefeito de Veranópolis, Waldemar de Carli, falou em entrevista à Studio, sobre a possibilidade de implementação do tratamento precoce de COVID-19 no município e em sua região, situação polêmica e que gera muitas dúvidas.

O que é o tratamento precoce para a COVID-19?

O tratamento precoce diz respeito a aplicação de medicamentos e de outras alternativas para evitar que a doença agrave-se, tratando o avanço no começo dos sintomas. Segundo G1, aqueles que defendem essa medida afirmam que se trata da única forma de diminuir, neste momento, os óbitos pela doença no país. No entanto, muitos especialistas e entidades médicas criticam duramente essas publicações sobre tratamentos precoces, e ressaltam que não há comprovações científicas da eficácia de medicamentos contra a Covid-19.

Os principais medicamentos citados em discussões sobre tratamento precoce contra a Covid-19 são cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.

O Ministério da Saúde, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, recomenda o tratamento precoce contra a Covid-19. Um protocolo da pasta defende o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para todos os casos, dos mais leves aos mais graves.

Como este tipo de tratamento pode ser implementado na Serra Gaúcha?

Waldemar afirma que, a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (AMESNE), está recebendo indicações do Ministério da Saúde, para que os municípios da região, façam a aplicação do tratamento precoce. O procurador de Bento Gonçalves, Alexandre Schneider, favorável a implementação desta técnica, está também, realizando a indicação de forma mais forte, afirma Waldemar, para que os municípios próximos de Bento adotem este tipo de tratamento.

Sendo assim, diante deste cenário de pressão, o prefeito afirma que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) está sendo indicado e deve ser assinado pelos Poderes Públicos Municipais e, mesmo que os prefeitos não sejam obrigados, a pretensão da AMESNE como um todo é acatar. Reuniões foram feitas pelos representantes da entidade para debater o tema.

Diante disso, com este termo assinado, começará a ser implementado este tipo de tratamento. Entretanto, esta metodologia esbarra na falta de medicamentos, os quais elencados anteriormente, que estão em falta, complicando a efetivação do método.

Uma reunião deve ser feita até o final desta semana, para que a AMESNE decida, em conjunto, efetivamente, se esta conduta será, ou não, adotada.

Se eu tiver sintomas de COVID-19, serei obrigado a fazer este tratamento?

Não. Cada paciente, antes de tomar as medicações, assina um termo de compromisso, visto que os produtos ainda não possuem comprovação efetiva de eficácia. Aqueles que não aceitarem se tratar desta forma, podem negar-se e procurar um outro médico.

A opinião de um gestor e médico

Waldemar afirma que a autonomia de cada profissional de saúde deve ser preservada. Segundo ele, deve ser aplicado o tratamento precoce para os pacientes que o médico, a partir da sua percepção como profissional, entende que está com o COVID-19. Diante disso, ele coloca-se favorável ao tratamento. Entretanto, quando um indivíduo apresenta-se com casos mais leves, ele prefere aguardar algumas horas para ver a evolução daquele quadro e a real necessidade.

Diante disso, De Carli observa que é uma situação possível para municípios pequenos, sendo extremamente difícil para grandes metrópoles.

Confira a entrevista completa do Prefeito de Veranópolis

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