‘A família está dilacerada’, diz advogado dos familiares de vítimas de chacina em Passo Fundo

Segundo o Portal Diário da Manhã, o advogado Gustavo da Luz, que atua com a família das vítimas de uma chacina em Passo Fundo, conversou com a imprensa sobre o fato, na manhã de quinta-feira (30).

O crime ocorreu no bairro Cohab, no dia 19 de maio deste ano; naquele dia foram mortos, por asfixia com a utilização de lacres plásticos, Kétlyn Padia dos Santos, de 15 anos, Diênifer Padia, de 26, e Alessandro dos Santos, de 35.

O inquérito foi concluído pela Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, que indiciou cinco pessoas por homicídio quadruplamente qualificado.

Dos indiciados, Eleandro Roso está preso preventivamente. Este homem teve um filho em um relacionamento extraconjugal com Diênifer Padia, uma das vítimas.

Gustavo da Luz pede ajuda da comunidade para encontrar os foragidos. Foto: Vinicius Coimbra | Diário
A polícia acredita que divergências financeiras após o nascimento da criança tenham motivado o crime.

Seguem foragidos a esposa do preso, Fernanda Rizzotto, o irmão dela, Claudiomir Rizzoto, e o ex-policial militar Luciano Costa Santos.

A quinta indiciada é Monalisa Kich Anunciação; ela teve a prisão preventiva solicitada pela polícia, mas a Justiça não aceitou o pedido.

Luciano Costa Santos foi preso por porte ilegal de arma de fogo e solto dias depois.

As investigações continuam em busca da identidade dos dois executores do crime, totalizando, assim, sete envolvidos no crime.

Nesse momento, o inquérito está com o Ministério Público, que deve denunciar os cinco à Justiça nos próximos dias.

Ajuda

O advogado Gustavo da Luz pede ajuda para que sejam encontrados os outros indiciados. “Nosso objetivo é buscar a colaboração da comunidade de Passo Fundo, para que encontremos essas pessoas e para que se possa fazer Justiça nesse caso bárbaro, cruel”, disse.

Ele relata um ambiente de medo e tristeza no qual vivem hoje os familiares das vítimas. “A família está dilacerada. Vive com medo, traumatizada. Duas crianças estão com tratamento psicológico. É um a reconstrução de uma família que foi destruída. A prisão [dos envolvidos] é o mínimo que o Estado pode dar para essas pessoas”, comentou.

Extorsão

Gustavo da Luz também comentou que não é verdade a versão que aponta que Diênifer Padia tenha extorquido Eleandro Roso, pai da criança e seu ex-patrão.

Ele, inclusive, comprou uma casa para ela e repassava valores para ajudar nas despesas com a criança, conforme disse o advogado da família das vítimas. “Dizer que existia uma extorsão é muito precipitado. Não há nenhum elemento no processo falando sobre extorquir, dar mais dinheiro. Ela cobrava o direito que toda a mãe tem, pedia para que ele arcasse com os gastos da criança”, finalizou.

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