Na Linha Oitava Turvo, interior de Protásio Alves, a Família Martello cultivou fumo por mais de 30 anos. Atividade financeiramente lucrativa, porém, desgastante no dia a dia, tanto na exigência de mão-de-obra como de ressalvas na propriedade para garantir a qualidade do produto que era entregue à empresa fumageira.
Em maio de 2019, Vilmar, Larissa e três filhos decidiram partir para a atividade leiteira, adquiriram sete vacas e pretendem aumentar o plantel.
Temos a mesma dedicação ao trabalho, no entanto, não há exigências em tempo integral como no cultivo do fumo – comenta Larissa, enquanto o pequeno Diogo brinca feliz, próximo aos pais.
O casal comenta que a produção de leite poderia ser mais rentável, pois, segundo Vilmar, o preço do litro (que varia de R$ 1,30 a R$ 1,35) não acompanha o reajuste dos insumos. A produção chega a 3 mil litros/mês.
Na propriedade, a família também cultiva milho para consumo interno na alimentação dos animais e cria suínos que são vendidos ainda pequenos para outros produtores locais que trabalham com a engorda de leitões.
Qualidade de vida é o que se observa na propriedade rural que logo terá acesso asfaltado, tem conexão à internet e recebe subsídios do Município quando da necessidade de máquinas para silagem ou obras relativas à produção agrícola e pecuária.
NO MUNICÍPIO: em Protásio Alves são 81 famílias que atuam na produção leiteira. No mês de maio, foram produzidos 553.966 mil litros de leite e entregues a cooperativas do setor, segundo informações da Secretaria Municipal de Agricultura.
DESAFIO DO LEITE: surgiu nas redes sociais com vários participantes da região, o desafio de beber um copo de leite e publicar o vídeo. Conforme alguns participantes, o objetivo é o de incentivar o consumo e, assim, fomentar a economia primária.
Fotos: Sonia Reginato/C+C