O Rio Grande do Sul deve ter uma terça-feira com muito vento e chuva. Por conta de um centro de baixa pressão, rajadas intensas atingem o Estado ao longo do dia, com a formação de um ciclone bomba, que atinge o Sul e o Sudeste do Brasil.
As rajadas mais fortes devem ocorrer em pontos do Litoral Norte e Aparados, com máximas de até 120 km/h. Nas demais regiões, inclusive Porto Alegre, modelos projetam rajadas entre 80 a 100 km/h.
Também por conta do centro de baixa pressão, o tempo permanece instável. Chove em todas as regiões, com aberturas em parte do território. Assim, há o alerta de risco de alagamentos para a Capital e região metropolitana.
Em Veranópolis, a mínima deve ser de 10°C, e máxima não ultrapassa os 16°C.
O que é um “ciclone bomba”?
Apesar de o termo soar assustador, um “ciclone bomba” é apenas uma versão simplificada do termo técnico bombogênese.
A definição descreve ciclones enormes que são o resultado de uma queda rápida da pressão atmosférica – pelo menos 24 milibars em 24 horas.
Esse tipo de tempestade se forma quando o ar frio do continente americano se choca com ar mais quente vindo do Oceano Atlântico. Os ventos e a rotação da Terra criam um efeito de centrifugação – daí a alcunha de “ciclone”.
No que diz respeito ao termo “bomba”, a única característica explosiva dessas tempestades é sua queda veloz de pressão, o que determina qual será a potência da tormenta.
A população que vive na rota do ciclone deve ficar alerta às nevascas e às rajadas geladas de vento. Porém, um dos maiores riscos de um “ciclone bomba” vem depois do fim da tempestade.
“Ciclones bomba” puxam para dentro o ar extragelado de regiões polares depois que passam – o que quer dizer que pessoas na sua rota podem ficar expostas a um frio extremo, tendo que lidar também com a falta de energia.