Caso Rafael Winques | “Não podemos afirmar ainda se o crime foi arquitetado”

Segundo o Jornal Folha do Nordeste, em entrevista coletiva, que ocorre na Delegacia de Polícia Civil de Planalto, o delegado de Polícia Civil, Ercílio Carletti, que presidiu as investigações, explicou que ainda não é possível afirmar se a morte de Rafael Winques foi premeditada. “Ainda estamos aguardando o resultado das perícias, laudos e oitivas que estão sendo realizadas com diversas pessoas”, informou.

Ainda, conforme o delegado, a mãe, Alexandra Batista, que confirmou ter matado o filho – dando a ele uma dose de medicamentos –, não tinha antecedentes criminais. “Não for expor a vida particular dela, porém, não havia nenhum indicativo do ponto de vista criminal”, salientou. Já os medicamentos, que seriam os mesmos utilizados por um irmão de Alexandra, e estariam na casa da avó de Rafael, não foram encontrados.

Quanto à continuidade dos trabalhos, sete pessoas estão sendo investigadas, todas moradoras de Planalto. Porém, nem todos são parentes de Rafael, segundo o delegado. Apesar disso, a autoridade policial não informa se houve a participação de outros indivíduos no crime. “A informação que temos é que o irmão mais velho estava dormindo na casa”, apontou.

Carletti considera que seria possível a mãe ter agido sozinha ao esconder o corpo, já que o local onde ele foi encontrado, em linha reta, não ultrapassa a distância de 10 metros da casa da família. “Rafael era franzino. Ela poderia ter carregado. É plausível”, ponderou.

Pelo tempo corriqueiro, a Polícia Civil tem 10 dias para conclusão do inquérito policial e envio ao Judiciário. Porém, com o período extra pela prisão temporária, o prazo pode chegar a 80 dias. Passado o período de prisão temporária, deverá ser solicitado o pedido de prisão preventiva da mãe. Ela ainda não tem defesa constituída.

*Márcia Sarmento, jornalista, Jornal Folha do Noroeste

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