Gre-Nal é Gre-Nal. Maior clássico do Brasil e um dos maiores do mundo. Rivalidade a flor da pele, que em todos os rincões gaúchos é demonstrada com todo amor e paixão!
É um jogo atípico, como se fosse um campeonato a parte. Pode estar na zona de rebaixamento, mas não pode perder o Gre-Nal. Pode ser o melhor futebol do Brasil, mas não pode perder o Gre-Nal!
São emoções que transcendem o aspecto esportivo e vão além. Pode derrubar o melhor e enaltecer o pior. Neste domingo (03), na Arena, foi esse clássico.
Ambos veem de derrotas doídas e marcantes, que vão deixar feridas por longo tempo. Só que cada um tratou de maneira diferente a recuperação dessas derrotas. Um tentou fazer uma limpa geral, enquanto o outro respirou fundo e continuou no trabalho que gerou vários feitos marcantes. E no jogo de ontem, mostrou a diferença entre as equipes.
O Tricolor com muita troca de passes, principalmente por seus dois volantes, foi superior desde o primeiro minuto até o final. Foi avassalador, os números não mentem, com mais de 25 finalizações e 60% de posse de bola. Vários jogadores do lado azul foram destaques. O placar de 2 a 0 não foi real com o que aconteceu no jogo.
A diferença entre as equipes é grande: Uma, o Grêmio, com padrão de jogo e não muda independente do local. A outra, o Inter, está perdido, não sabe como jogar, não possui uma característica de jogo. As escalações no clássico mostraram essa diferença de saber o que cada equipe quer e, consequentemente, traduziu no jogo.
O Tricolor está conseguindo sair da UTI jogo após jogo, com resultados e atuações positivas, mostrando que acidentes acontecem. E quando acontecem, é necessário calma e análise no que se fez para não desmoronar tudo.
E um questionamento que fica no ar: Se a final da Copa do Brasil fosse Gre-Nal, seria como ontem?
NOTAS:
Paulo Victor – Sem defender nada, quase comprometeu – 4,0
Galhardo – Quando ele saiu, o Grêmio ficou realmente com um a mais – 3,0
Geromel – Monstro, divino, magnífico – 9,0
Kannemann – Cansou muito porque teve que carregar o Guerrero no bolso – 9,0
Cortez – Anulou defensivamente o Inter – 7,0
Matheus Henrique – Piá com um futuro enorme – 9,0
Maicon – Joga de terno – 8,0
Alisson – Atuação muito boa. Homem de muita consciência tática – 8,0
Tardelli – Hã…Renato deve estar arrependido de não escalá-lo sempre – 8,0
Everton – Faltou o gol. Joga demais – 8,0
Luciano – Tricolor melhorou demais com a sua entrada – 7,0
Rômulo – Meteu golaço – 7,0
Léo Moura – Está velho, mas tem muita qualidade – 7,0
Pepê – Entrou muito tarde, mas joga bem demais – 8,0
Renato Portaluppi – Não foi ousado para golear – 7,0
Samuca Scarton
Imagens Grêmio FPBA, divulgação.