Na manhã desta sexta-feira, dia 01, a Promotoria de Justiça de Três Coroas, em conjunto com a Polícia Civil, cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra dois irmãos empresários em virtude de fraudes praticadas durante o trâmite de processo de recuperação judicial da empresa Brisa Embalagens. Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e do pai deles. Além de dinheiro, foram apreendidos documentos, computadores, celulares, uma espingarda calibre .22, além de um veículo popular e um automóvel de luxo. A operação foi coordenada pelo promotor de Justiça Daniel Ramos Gonçalves e pelo delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari, responsável pelas DPs de Três Coroas e Igrejinha.
AS FRAUDES
A empresa Brisa Embalagens vinha passando por dificuldades financeiras, com um passivo decorrente de dívidas fiscais e junto a credores do setor privado de aproximadamente R$ 30 milhões. Em razão disso, entrou com processo de recuperação fiscal neste ano. No último dia 30, cerca de 40 funcionários foram surpreendidos quando chegaram à fábrica para trabalhar e encontraram o acesso de entrada fechado com cadeado e correntes, o que causou perplexidade nos trabalhadores, uma vez que todos estavam recebendo em dia até então.
Diante disso, o promotor de Justiça Daniel Ramos Gonçalves, que acompanhava o processo de recuperação judicial da empresa, iniciou expediente investigativo e verificou que foram levados do interior da fábrica boa parte dos maquinários, avaliados em cerca de R$ 3,5 milhões, nas madrugadas dos dias 28, 29 e 30 de setembro. Além disso, foi constatada a destruição de documentos e a supressão do sistema de videomonitoramento interno do estabelecimento, para acobertar a fraude, cometida sempre durante a noite.
Imagens obtidas pelo MP de câmeras de segurança de vizinhos e do monitoramento de vídeo do município flagraram caminhões da empresa Brisa saindo carregados do interior da fábrica. Os irmãos sócios proprietários da empresa Brisa Embalagem deverão responder pela prática de crimes falimentares, destruição de documentos, duplicata simulada e lavagem de dinheiro.
O promotor de Justiça Daniel Ramos e o delegado Ivanir Caliari destacam a importância da ação conjunta, já que, além da manutenção da ordem pública e da observância da lei, havia a necessidade de se dar uma resposta aos empregados da empresa e à sociedade local.
Após a formalização das prisões na Delegacia de Polícia de Três Coroas, os empresários foram levados à Delegacia de Pronto Atendimento de Taquara, onde aguardarão pela definição do presídio para onde serão encaminhados.
Informações e foto MP RS.