Casal é preso suspeito de matar e jogar filhos em lagoa de Aracaju (SE)
Um casal foi preso suspeito de matar os próprios filhos em Aracaju, em Sergipe. De acordo com as investigações, os dois adultos teriam a vida de criminalidade e uso de drogas dificultado pelas crianças. O casal também tem várias denúncias no Conselho Tutelar por maus-tratos e abandono. As informações são da Record TV.
Mikael Allan Santos Silva, 5 anos, e Sara Yasmin Gomes, 10 anos, desapareceram no dia 6 de novembro. O sumiço foi registrado pela própria mãe. Já os corpos foram encontrados boiando em uma lagoa dois dias depois. A autópsia revelou diversas marcas de agressões nas crianças, como perfurações e traumatismo craniano.
As investigações da polícia identificaram uma série de contradições nos depoimentos do casal que, unidas ao histórico de denúncias do casal, tornou a dupla suspeita pela morte das crianças.
Depois de alguns depoimentos à polícia, a mãe confessou ter presenciado o crime, cometido pelo seu marido, que teria a ameaçado. Ela diz também ter visto o companheiro levar as crianças e escutou o som dos corpos sendo jogados no lago.
O homem nega qualquer envolvimento com o crime, e deve prestar outros depoimentos à polícia. Os dois suspeitos estão presos preventivamente.
O caso é apurado no DHPP (Delegacia Especial de Homicídios) da cidade.
Casal teria envolvimento com crime
As responsabilidades relacionadas a criação das crianças e as denúncias de vizinhos e conhecidos pelos maus-tratos teriam motivado a dupla a cometer o crime, segundo as investigações.
O casal se conheceu através do sistema prisional, quando o homem, ainda preso, começo a receber visitas da mulher. Ele tinha passagens por roubo e tráfico de drogas.
Violência em casa
A menina Sara, de 10 anos, era uma das maiores vítimas das agressões do casal. Ela já havia fugido de casa antes do crime, e mostrava não ter vontade de voltar ao seu lar. O Conselho Tutelar acompanhava a família de perto, assim como outras entidades de assistência social.
A mãe, diagnosticada com depressão e ansiedade, era atendida pelo Capes. Ela também seria usuária de drogas.