É meus amigos, o sonho do Tetra naufragou em terras cariocas, na triste noite do dia 23 de outubro. Uma quarta-feira que poderia quebrar paradigmas, apenas reforçou coro ao que o Brasil inteiro tem visto: O Flamengo é momentaneamente a melhor equipe do país!
Digo momentaneamente porque o futebol nada mais é, do que com o perdão da redundância; MOMENTO!
O Rubro-Negro vem com o pé no acelerador em duas competições e caminha a passos largos para a conquista sem ressalvas do Brasileirão. Muito provavelmente deve também voltar a conquistar a América no próximo mês, em Santiago, no Chile, sobre o River Plate, caso mantenha o nível de atuação e, principalmente, as principais peças. Sim, nisso que ainda prefiro me apegar, pois ainda acredito que caso a equipe de Renato Portaluppi estivesse completa em ambas as partidas, o que se refere a participação de TODOS OS TITULARES, assim como a equipe de Jorge Jesus, o embate seria totalmente diferente, desde o jogo em Porto Alegre!
Jorge Jesus também tem jogado um balde de água fria em cima dos debates acerca da polêmica do revezamento entre titulares e reservas em competições distintas. Pontos para o maldito português!
Águas passadas…é hora de olhar para frente, reconhecer que fomos massacrados ainda no primeiro confronto na Arena, que a Imortalidade tem limites, que equívocos acontecem e que as decisões são definidas nos detalhes. O primeiro gol é prova disso.
Sempre bato na tecla de que o futebol é coletivo e vi um blogueiro fazendo uma perfeita análise do primeiro gol sofrido. Percebam: “Começa com o Maicon, que recebe um passe enforcado, mas poderia corrigir e bobeou. Passa pelo Michel que não quis fazer a falta, o Kannemann que se atira precipitadamente, e o Paulo Victor, que não toca a bola pra escanteio.”
Como não costumo exorcizar individualidades nos fracassos – diferentes de outros torcedores – e nem exaltá-los apenas nas glórias, é bom frisar que precisamos de mudanças, de forma geral. Então, vamos a elas:
Paulo Victor, quem sabe, seja o principal alvo dos torcedores no momento. O arqueiro tricolor, que até fez boas apresentações, não passa confiança há tempo na meta gremista. Temos a solução em casa. Abre o olho Direção, não precisa contratar! Megiolaro pede passagem!
Falamos tanto nos milhões que o próprio Flamengo gastou, mas buscamos André, Tardelli e Luciano no comando do ataque a preço de ouro, e fomos recompensados até o momentos com migalhas!
As laterais é outro problema que viemos questionando não é de hoje, portanto, ponto a ser tratado com urgência para a próxima temporada, sem contar na renovação do elenco de uma forma geral.
Enfim, não está tudo errado após uma derrota vexatória como esta, para um clube que joga o futebol mais eficiente do Brasil, porém, se não olharmos com atenção neste momento crucial da temporada, podemos fechar o ano sem perspectiva nenhuma e com vários problemas a resolver.
O Grêmio tem nos ensinado a pensar grande e não será uma eliminação acachapante que colocará tudo por água abaixo!
NOTAS:
Paulo Victor – Mal, mal e mal. Não pode mais fardar no Grêmio – 0,5
Paulo Miranda – Surpresa da noite, fez o que pôde pelo lado do campo – 4,5
Geromel – Primeiro tempo de qualidade. Segundo de falhas, naufragando com toda a equipe – 3,5
Kannemann – Começou o jogo tomando um cartão desnecessário. Extremamente afoito – 3,0
Cortez – Não fez nada. Nem marcou e nem jogou – 2,0
Michel – Falhou clamorosamente no primeiro gol e foi muito mal o jogo todo – 1,0
Matheus Henrique – Foi vencido pelo meio-campo adversário, talvez, por atuar de uma forma diferente da habitual – 4,0
Maicon – Jogando mais avançado, não foi nem de perto o cadenciador que conhecemos – 4,0
Alisson – Primeiro tempo de correria e entrega. No segundo, nem ele se achou mais – 4,0
Everton – De quem se espera algo diferente, quase não vimos nada, pouca companhia e muito marcado – 5,0
André – Mais do mesmo, nem tem o que falar – 1,0
Pepê – Correria habitual pelo lado do campo, mas nada de tão produtivo – 3,5
Tardelli – Deveria ter iniciado a partida. Entrou completamente perdido – 3,0
Thaciano – Pouco tempo – sem nota
Renato Portaluppi – Nada pode ser maior – 10
Nato Sangali
Imagens Grêmio FPBA, divulgação.