Os Correios fizeram um reajuste nos preços do Sedex e PAC: os serviços de encomendas agora custam 6,34% mais caro, em média, para postagens realizadas por pessoa física. As novas tarifas estão valendo desde segunda-feira (14), e correspondem a mais que o triplo da inflação acumulada no período. A estatal diz que o aumento, um mês antes da Black Friday, não está relacionado a seu processo de privatização.
O reajuste de 6,34% vale para os serviços Sedex Hoje, Sedex 10, Sedex 12 e PAC prestados às pessoas físicas. Ele não se aplica aos clientes que já possuem contrato prévio com a estatal.
A empresa não informa o reajuste médio para cada tipo de frete por “sigilo comercial”. Ela explica apenas que esse índice “é uma média nacional, que varia de acordo com o tipo de postagem, origem e destino”.
Reajuste dos Correios é o triplo da inflação no período
No início de março, o preço do Sedex e PAC já havia sofrido aumento. De março a setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado foi de 1,73%. Ou seja, o reajuste dos Correios foi mais que o triplo da inflação nesse período.
Segundo os Correios, os novos preços visam uma “readequação do impacto dos custos na prestação dos serviços”, dado que se trata de um “mercado concorrencial”. A estatal não tem monopólio na entrega de mercadorias, apenas de cartas.
Os serviços de frete ficaram mais caros pouco antes da Black Friday, em novembro, quando costuma haver uma alta na venda de produtos pela internet.
Os Correios estão, desde agosto, na lista de estatais que serão privatizadas pelo governo. A empresa foi incluída no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) para realizar os devidos estudos. Ela diz que o reajuste nos preços “não tem relação com a inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND)”.
Com informações: G1, Veja.