Nas últimas semanas tenho reiteradas vezes percebido o termo “copeiro” em debates esportivos do centro do país. Neste meio de semana houve até cronistas do eixo Rio-São Paulo que citaram o Grêmio como o clube símbolo do “copeirismo” nas últimas décadas.
Os que defendem essa opinião (cá estou entre eles), não se apegam apenas ao fato das cinco Copas do Brasil e das três Copas Libertadores da América erguidas pelo Tricolor, mas pelas diversas vezes em que o clube gaúcho esteve entre ao menos, os semifinalistas dos dois torneios referendados como “Copas”!
Na semana passada o nosso maior rival encarou também um time chamado de “copeiro”, o Cruzeiro, devido as suas conquistas em Copas. Também foram oito: Seis Copas do Brasil e duas Copas Libertadores. No entanto, o também chamado time “copeiro” passa por um fase terrível dentro e, principalmente, fora de campo. Mesmo com bons nomes em seu elenco, a Raposa foi presa fácil para o Colorado que temia pelo confronto no Mineirão.
Quando falamos em clube de futebol, o termo COPEIRO, se refere a um time aguerrido e valente, que mesmo em situações adversas e com equipes “precárias”, surpreendem nas chamadas Copas e chegam a brigar pela taça ou até a conquistar a mesma. O próprio Grêmio em 2007, dois anos após conquistar a série B, foi vice-campeão da América com um time bem limitado. O que representa um pouco de onde quero chegar…
Poderia aqui citar uma série de exemplos que cabe ao Tricolor, mas vou apenas ser objetivo e afirmar caros amigos, que COPEIRO É O GRÊMIO, não porque venceu o limitado Atlhetico-PR por bom escore na noite de ontem, mas sim porque está talhado a jogar este tipo de competição, porque as Copas foram feitas para o torcedor do Grêmio vivenciá-las e desfrutá-las.
O Grêmio nasceu para ser referendado pelo “copeirismo” e cada vez mais o Tricolor prova isso a quem ainda duvide!
Para aqueles que preferem usar o termo “soberbo”, quem sabe por um lado até tenham razão, afinal, somos sim orgulhosos pelo clube e demonstramos cada vez mais sermos superiores.
Já a arrogância que também define a “soberba”, cabe a aqueles que não reconhecem os feitos alheios e tentam desmerecê-los!
NOTAS:
Paulo Victor – Foi seguro quando necessário – 7,5
Leonardo Gomes – Voltou a jogar bom futebol e apoiou com qualidade, mas deixou espaços preciosos para o adversário nos contra-ataques – 7,0
Geromel – Ganhou todas por cima e por baixo. Monstro – 8,5
Kannemann – Aguerrido como sempre, mas tomou um cartão bobo por reclamação – 7,5
Cortez – Melhorou em relação as últimas atuações, especialmente na parte defensiva – 6,5
Matheus Henrique – Baita partida, comandou a “meiuca” – 9,0
Maicon – Abaixo do que já vimos com alguns erros de passe, mas me pareceu bem melhor fisicamente – 7,5
Alisson – Marcou e atacou com qualidade pelo lado do campo, mas deixou de fazer o terceiro na reta final por preciosismo – 7,5
Jean Pyerre – Boa atuação com chegadas no ataque e um belo gol de falta – 8,0
Everton – Comandou o ataque infernizando a defesa paranaense, mas tomou um cartão bobo que o tira do confronto da volta – 8,5
André – Gol de centroavante, mas desperdiçou ao menos outra oportunidade claríssima – 8,0
Tardelli – Entrou muito bem e quase marcou no final o terceiro gol em bela troca de passes – 7,0
Thaciano – Ajudou a fechar a casinha no meio-campo e fez bem seu papel – 7,0
Luan – Entrou no final – sem nota
Renato Portaluppi – É o cara, só não vê quem não quer! – 10