Todos os pouco mais de 47 mil gremistas que estiveram na Arena na noite fria de 20 de agosto de 2019, estavam no mínimo eufóricos e confiantes, diante do confronto entre Grêmio e Palmeiras. O clássico que rendeu partidas memoráveis nos anos 90 estava sendo repetido mais uma vez. Duas grandes equipes, jogadores dos melhores em atuação no Brasil e dois técnicos ídolos da nação tricolor.
O encontro entre Luiz Felipe Scolari e Renato Portaluppi, colocava em disputa os técnicos gremistas vencedores das últimas décadas. É inegável o carinho que o torcedor gremista ainda tem por Felipão.
O roteiro perfeito para um final feliz estava traçado. Qualquer vitória gremista seria suficiente. Os mais animados arriscavam um 3 a 0. Os mais comedidos estariam satisfeitos com vitória simples de 1 a 0. Era fundamental não tomar gols e vencer com o placar possível, frente ao melhor e maior elenco do Brasil.
Como de praxe aos donos da casa, a equipe gremista dominou a posse de bola, tomou iniciativa ao ataque e sufocou o Palmeiras, pelo menos, quando possível.
Felipão conhece a equipe do Grêmio. Seus cabelos brancos orientaram o time palmeirense a levar o jogo em banho-maria, atacar com extrema velocidade e perigo.
Dudu, que já foi jogador do Grêmio, vive grande fase, e capitaneava o Palmeiras ao ataque. Já o Grêmio, apesar do domínio da bola, pouco assustava o gol de Weverton. Rodeou a área todo o jogo, mas não obteve uma única chance de gol. Jogou bem, mas não foi agressivo o suficiente.
Partidas deste naipe normalmente são decididas em detalhes e foi assim que aconteceu.
De uma despretensiosa falta na intermediária, Gustavo Scarpa fuzilou o gol gremista. Alguns culpam Paulo Victor, outros o defendem. Eu, particularmente não considero “frango”, mas entendo que houve sim falha de posicionamento do goleiro.
O avanço gremista para as semifinais complicou, mas já vimos de tudo no futebol, e certamente ainda é tranquilo e possível que os comandados de Renato Gaúcho revertam a derrota e continuem firmes em busca do tetra!
NOTAS:
Paulo Victor – Falhou no gol palmeirense e estava inseguro o jogo todo – 4,0
Leonardo Gomes – Marcou bem, mas atacou pouco. Conteve os ataques de Willian – 6,0
Geromel – Jogou como sempre. Anulou Luiz Adriano – 8,0
Kannemann – Foi muito bem na bola aérea e foi fiel ao seu companheiro de zaga – 7,0
Cortez – Pouco participou e saiu machucado – 5,0
Maicon – É sempre o comandante do meio-campo gremista, mas desta vez não apareceu muito no ataque – 6,0
Matheus Henrique – É o motor do time – 8,0
Alisson – Teve ousadia em atacar, mas foi ineficaz – 6,0
Jean Pyerre – Foi o mais participativo, passou, atacou, chutou e marcou – 7,0
Everton – Foi marcado ferozmente pelos defensores do Palmeiras. Quando teve espaço, levou perigo – 7,0
André – Até participou da partida, mas foi anulado por Gustavo Gomes – 5,0
Juninho Capixaba – Jogou bem, arriscou ataques e cruzamentos – 7,0
Diego Tardelli – Entrou muito participativo no jogo, fez tabelas com Everton e Jean Pyerre. Ainda não está na melhor condição física – 7,0
Luciano – Entrou bem no final para pressionar. Está ainda um pouco deslocado de toda a equipe. Precisa de entrosamento – 4,0
Renato Portaluppi – Manteve seus critérios e convicções na escalação. Colocou em campo o que tinha de melhor e quando substituiu também foi coerente – 8,0