Servidores Municipais em Bento definem paralisação e Prefeitura divulga nota

Atrasos no repasse do reajuste da trimestralidade desde outubro do ano passado e mais uma alteração no Fundo da Aposentadoria levaram os servidores públicos municipais de Bento Gonçalves a votarem por unanimidade por uma paralisação no dia 10 de julho. A decisão foi tomada durante Assembleia convocada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais – Sindiserp BG, realizada na noite de hoje.
Na oportunidade, mais de 100 servidores lotaram o salão de atos do Colégio Bento e debateram sobre o atraso no repasse da trimestralidade que soma uma defasagem de 2,53%, segundo estudo do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. A análise também aponta que o poder de compra dos servidores está com uma defasagem de 5,46% proveniente do período de 2001 a 2008, onde o aumento ficou bem abaixo da inflação.

Outro assunto que causou muita preocupação nos servidores presentes é a diminuição da alíquota do FAPSBENTO paga pela Prefeitura referente ao passivo atuarial, que pode gerar problemas em que acarretaram, no futuro, mais custos para os servidores ativos e aposentados, assim como para a prefeitura.

“Tentamos por diversas vezes agendar com o Prefeito Guilherme Pasin, mas não conseguimos uma resposta positiva. Também estamos com problemas para conseguir as informações sobre o cálculo atuarial do Fapsbento. Por isso os servidores decidiram pela paralisação” ressalta a Presidente do Sindiserp, Neilene Lunelli.

Prefeitura emite nota

Sobre a paralisação dos servidores definida em audiência do Sindiserp na noite desta quinta-feira, 27, a Prefeitura por meio da Secretaria de Administração esclarece que:

Sobre o repasse da Trimestralidade.

1- A Lei que trata da trimestralidade, AUTORIZA, PERMITE a Administração Municipal a conceder a trimestralidade, mas não obriga. Pode ser concedida a qualquer tempo.

2- Por outro lado, a mesma foi criada pelo atual governo, com o objetivo de recompor perdas salariais históricas, principalmente verificadas nos anos entre 2001 e 2008. Ressalta-se que no atual governo esta recomposição salarial ficou ainda mais solidificada, tendo em vista que no período entre 2013 e 2018 os reajustes salariais atingiram 48,83% para uma inflação do mesmo período registrada em 39,97%.

3- Ou seja, os objetivos propostos pela Lei da Trimestralidade estão sendo atingidos, inclusive com ganho real aos servidores.

4- Portanto não existe defasagem como é destacado pelo sindicato.

Sobre o passivo atuarial:

1- A nova alíquota para equacionamento do déficit atuarial foi aprovada em reunião extraordinária do Conselho do FAPSBENTO, realizada no Salão Nobre da Prefeitura de Bento Gonçalves e segue determinação de Portaria Federal.

2- O Passivo atuarial se refere ao período de março de 1990, quando o Município criou o regime próprio de Previdência Social, até junho de 1999.

3- É incompreensível a atitude do Sindicato tendo em vista que a nova alíquota foi aprovada pelos servidores Municipais, que compõem o conselho. Atestar de desconhecimento parece muito mais um jogo político do Sindicato do que preocupação propriamente dita com os servidores Municipais.

A paralisação é uma escolha do servidor público Municipal, o que esperamos é que este movimento não traga prejuízos para o cidadão que utiliza os serviços públicos e paga seus tributos.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura

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